ANTONIO CARLOS DIZ A CHINESES QUE DESAFIO DA PROSPERIDADE SUPERA QUESTÃO IDEOLÓGICA



"No mundo de hoje, os problemas ideológicos são secundários, diante dos desafios para melhorar a vida dos povos". Com esta mensagem, o presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães, recebeu na manhã desta quinta-feira, dia 1º, uma numerosa delegação do Partido Comunista Chinês, que está no Brasil a convite da direção do PFL para manter contatos com autoridades e parlamentares, buscando estreitar as relações entre os dois países.
Chefiada por Wu Guanzheng, deputado da Assembléia Popular Nacional da China, secretário do comitê provincial de Shandong e membro do Bureau Político do Comitê Central do PC Chinês, a comitiva foi acompanhada pelos senadores Freitas Neto (PFL-PI) e José Jorge (PFL-PE) no encontro com Antonio Carlos Magalhães.
O líder da comitiva chinesa agradeceu pela acolhida dos parlamentares brasileiros, destacando a importância que seu partido atribui ao intercâmbio com agremiações políticas de todo o mundo, dentro dos princípios da autodeterminação, não ingerência em questões internas e cooperação para o desenvolvimento. Atualmente, o PC chinês mantém contatos políticos com 340 partidos, em 140 países. Desse total, 90 partidos e 30 países são da América Latina.
A visita dos representantes do PC chinês ocorre no desdobramento de recente visita de missão parlamentar brasileira à China, coordenada pelo PFL. O senador Antonio Carlos Magalhães manifestou confiança em que esse intercâmbio amplie as possibilidades de incremento nas relações comerciais, culturais e políticas do Brasil com a China.
O presidente do Congresso brasileiro chamou a atenção para a existência de "problemas comuns" a serem enfrentados pelos dois países, seja por sua dimensão continental e estágios de desenvolvimento relativo ou pelas características de suas populações. E disse estar confiante em que os contatos bilaterais contribuam efetivamente para que a população dos dois países elevem sua qualidade de vida.
Wu Guanzheng destacou o interesse chinês em aprender com as experiências brasileiras em campos como os da privatização, política monetária e ações de interiorização do desenvolvimento, constatando que a abertura chinesa para o mundo globalizado ocorreu "depois do Brasil". O senador Antonio Carlos Magalhães confirmou a condição brasileira de compartilhar tais experiências, dentro de uma perspectiva mais ampla na busca de "um mundo com maior igualdade de oportunidades".
- O crescimento da China e a expansão de seu produto, dentro de um processo de abertura e diálogo, demonstra que o mundo mudou muito e mudou para melhor, no esforço para se construir uma prosperidade comum - concluiu o presidente do Senado.

01/06/2000

Agência Senado


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