ANTONIO CARLOS DIZ QUE PRAZO DA CPI NÃO DEVE SER PRORROGADO
Apesar de defender que a Comissão Parlamentar de Inquérito que está apurando irregularidades cometidas no âmbito do Poder Judiciário passe a investigar as denúncias de corrupção contra o Tribunal de Justiça de Mato Grosso, feitas pelo juiz Leopoldino Marques do Amaral, o presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães, não vê necessidade de a CPI prorrogar o seu prazo de funcionamento. Referindo-se ao fato do juiz Leopoldino Marques ter sido assassinado em virtude das denúncias, Antonio Carlos opinou que a CPI pode exigir das polícias, sobretudo da Polícia Federal, que o crime seja devidamente apurado. O cadáver do magistrado, totalmente carbonizado e com uma perfuração de tiro na cabeça, foi localizado nesta quarta-feira (dia 8) em Concepción, no Paraguai. A identificação do corpo ocorreu na manhã desta quinta-feira (dia 9).Antonio Carlos comentou que, se a CPI do Judiciário fosse investigar todos os casos de irregularidades que chegam ao Senado, levaria mais de um ano para concluir seu trabalho. Por este motivo, ele sugeriu que fosse criada uma comissão para funcionar de forma permanente, recebendo e apurando esse tipo de denúncia. "A situação é gravíssima. Ou o Judiciário toma providências ou nós teremos a impunidade como lema e a anarquia instalada", encerrou.
09/09/1999
Agência Senado
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