Antonio Carlos Júnior critica aumento de gastos de custeio do governo federal
O senador Antonio Carlos Júnior (DEM-BA) criticou em Plenário, nesta quarta-feira (18), o aumento das despesas de custeio do governo federal verificado durante os dois mandatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Com base em dados do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), ele lamentou o crescimento de 128% dos gastos de custeio ocorrido no período, três vezes maior que a inflação de 41,8%, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPC-A) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
As despesas de custeio são aquelas necessárias a manutenção da ação governamental e à prestação de serviço público, tais como: pagamento de pessoal e de serviços de terceiros, compra de material de consumo e gasto com reforma e conservação de bens móveis e imóveis.
Rebatendo argumento do governo federal que coloca o aumento de gastos de custeio como resultado da ampliação de políticas sociais de transferência de renda, Antonio Carlos Júnior questionou a eficácia do programa Bolsa-Família.
- Especialmente sobre o Bolsa-Família, que o senador Jarbas Vasconcelos [PMDB-PE] classificou de "o maior programa oficial de compra de votos do mundo", sobram denúncias que o governo prefere ignorar ou rotular de elitistas e perseguidores de pobres a quem aponta as mazelas - disse.
Reforma Tributária
Antonio Carlos Júnior censurou ainda a proposta de reforma tributária que o Executivo encaminhou ao Congresso. Segundo ele, a proposição não simplifica nem moderniza o sistema tributário vigente no país, e, sobretudo, não o torna menos injusto com estados e municípios.
- Mantida a proposta que vem da Câmara, a Bahia, por exemplo, seria fortemente atingida e as contrapartidas com que o governo acena para mitigar os prejuízos se mostram modestas e, pior, ineficazes - afirmou.
18/02/2009
Agência Senado
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