Antonio Carlos Valadares elogia atuação da binacional Alcântara Cyclone Space



O senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) destacou nesta quinta-feira (16) a atuação da empresa binacional Alcântara Cyclone Space - ACS. A empresa, dirigida por Roberto Amaral, vice-presidente do PSB, é fruto de um acordo entre o Brasil e a Ucrânia, com investimento inicial de US$ 105 milhões. Pelo acordo, cabe à Ucrânia desenvolver foguetes e ao Brasil, proporcionar a infraestrutura necessária para os lançamentos seu lançamento, a partir da base de Alcântara, no Maranhão.

Valadares rebateu notícia divulgada pelo jornal Correio Braziliense, no sábado, dia 11, segundo a qual a Alcântara Cyclone Space havia gasto R$ 1,2 milhão em viagens, incluindo diárias e passagens aéreas, desde sua criação. O jornal diz ainda que esses gastos cresceram dez vezes de 2007 para 2008.

Segundo o senador, a empresa foi implantada no final do ano de 2007, tendo passado a atuar, plenamente, apenas em 2008. O parlamentar afirmou que esses valores podem parecer assustadores, "para um observador desatento", mas que devem ser examinados de maneira séria e criteriosa.

- Nada mais natural que esses gastos tenham sido feitos - argumentou Valadares. - Além do mais, com sede em Brasília, os deslocamentos de funcionários da empresa binacional até o Maranhão para negociações com quilombolas; audiências na Justiça; feiras e eventos diversos; e, claro, reuniões com o poder público local, fazem-se mais do que necessários.

Antonio Carlos Valares salientou que as reuniões do conselho de administração, do conselho fiscal e da assembleia-geral da empresa são feitas ora em Kiev, capital da Ucrânia, ora em Brasília, o que exige constantes viagens dos conselheiros brasileiros. Valares considera que a cooperação entre Brasil e Ucrânia poderá garantir aos dois países capacidade para lançamento de seus próprios veículos e satélites espaciais. A seu ver, a atuação da Alcantara Cyclone Space vai inserir os dois países no bilionário mercado mundial de lançamento de satélites. Segundo Valadares, esse mercado movimenta, aproximadamente, US$ 1 bilhão por ano, o que poderia trazer para o Brasil divisas, infraestrutura e autonomia sobre sua rede de comunicações, além de segurança na fiscalização de fronteiras e do litoral.

- Estamos falando em algo em torno de US$ 300 milhões de arrecadação para o Brasil, afirmou o senador, estimando em 20% o potencial de participação da empresa no mercado internacional.



16/04/2009

Agência Senado


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