Apesar de reconhecida como região livre de febre aftosa, ações continuam na fronteira do MS



A atuação dos fiscais federais agropecuários do Ministério da Agricultura e das autoridades estaduais continuará intensiva na região de fronteira de Mato Grosso do Sul com a Bolívia e o Paraguai. Na segunda-feira (7), o diretor de Saúde Animal, Guilherme Marques, apontou as medidas a serem adotadas na Zona de Alta Vigilância (ZAV) do estado, após o reconhecimento pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) da região como livre de febre aftosa com vacinação.

De acordo com o diretor, o rebanho na região é de aproximadamente 800 mil cabeças e continuará sendo identificado individualmente. A partir de agora, a vacinação será realizada pelos próprios pecuaristas, com a supervisão dos órgãos oficiais.

Com o reconhecimento da OIE, não será mais necessário realizar teste sorológico nos bovinos e búfalos localizados na fronteira. Além disso, os animais também não precisarão permanecer em esquema de quarentena para transitar fora da região de fronteira. Entretanto, continuará o controle intensivo do trânsito.

Na próxima sexta-feira (11), técnicos do Ministério da Agricultura reúnem-se com autoridades estaduais e com o setor privado de Mato Grosso do Sul para avaliar o calendário de vacinação 2011 e as ações pós-reconhecimento da OIE.

 

Reconhecimento

Em 2001, o Mato Grosso do Sul tinha alcançado o status de livre de febre aftosa com vacinação pela OIE. Mas, com o surgimento de um foco da doença, em 2005, o organismo internacional decidiu suspender esse reconhecimento. Com isso, parte do estado retornou à condição de área livre com vacinação, em 2008, exceto a Zona de Alta Vigilância (ZAV), que foi implantada na época. Após ações intensivas na região, em agosto de 2010, o Ministério da Agricultura encaminhou o pedido de restituição do status.

A Zona de Alta Vigilância é composta por 13 municípios: Antônio João, Aral Moreira, Bela Vista, Caracol, Coronel Sapucaia, Corumbá, Japorã, Ladário, Mundo Novo, Paranhos, Ponta Porá, Porto Murtinho e Sete Quedas. Essas cidades fazem fronteira com o Paraguai e a Bolívia. Nessa região, são criados cerca 800 mil bovinos e búfalos. Essa faixa compreende 1,5 mil km.

No período de 1997 a 2009, foram investidos no Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (Pnefa) US$ 2,7 bilhões, com recursos do governo e da iniciativa privada.


Fonte:
Ministério da Agricultura

 



25/02/2011 11:32


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