Aposentadoria complementar do servidor público terá impacto de 15% nas contas do governo, diz Mantega
A proposta da Câmara dos Deputados de aumentar em 1 ponto percentual a contribuição da União para complementar a aposentadoria do funcionalismo público provocará um impacto de 10% a 15%, nos aportes do governo, ao fundo que está sendo discutido no Congresso Nacional. Esta avaliação foi feita, na quinta-feira (8), pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, que se reuniu com os ministros da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho, da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti e com o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams.
O governo defende que a participação do governo no fundo seja 7,5% da contribuição do servidor, mas a Câmara dos Deputados considerou o percentual pequeno e sugeriu 8,5%. O governo iniciou também as discussões com o Senado Federal a fim de fechar um acordo com os parlamentares das duas casas.
Mantega não quis divulgar o cálculo do governo que mostra o real impacto, para a União, caso a contribuição do governo seja 8,5% como querem os deputados e não 7,5%, como propõe a equipe econômica. “Estamos falando de algo que temos que calcular o custo nos próximos anos. Esse fundo, a rigor, vai começar a funcionar para os novos funcionários públicos, que estarão contribuindo, por exemplo, nos próximos 30 a 35 anos”, estimou.
O ministro destacou que o fundo complementar de aposentadorias do funcionalismo público dará mais segurança, no futuro, aos servidores e ao governo, porque ajudará a reduzir o déficit da Previdência, a médio e longo prazos. Segundo ele, a proposta, se aprovada, dará mais solidez às contas públicas. Ele considera também a proposta uma grande reforma da Previdência porque metade do déficit, segundo Mantega, vem do fundo do funcionalismo.
“É uma grande reforma. É muito importante porque cria um sistema mais sólido para o funcionário. Ao mesmo tempo, cria uma modalidade que garante aos trabalhadores que eles terão uma aposentadoria garantida. Que não terá mudança”, disse Mantega.
Fonte:
Agência Brasil
09/12/2011 16:18
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