Apreensão de madeira ilegal chega a 5,7 toneladas por ano em SP
Ações deflagradas pelo Projeto Ambiental Estratégico “São Paulo Amigo da Amazônia” iniciou em 2007
Em setembro de 2007, a Secretaria do Meio Ambiente iniciou as operações contra a entrada de madeira ilegal em São Paulo. Desde então, foram apreendidos caminhões e cargas irregulares nas principais rodovias do Estado com acesso aos estados de Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. A operação registrou até o momento a apreensão de 5.691 toneladas de madeira ilegal. Esse número corresponde ao peso de mil elefantes africanos, o maior mamífero terrestre, ou, convertido em volume, 4,2 mil metros cúbicos, madeira suficiente para construção de 700 casas populares, considerando-se uma área de 40 metros quadrados.
Várias ações, somente nesse primeiro ano do projeto, foram desencadeadas por centenas de policiais militares ambientais e técnicos especializados do Instituto Florestal e da Fundação Florestal, com a participação direta do secretário do Meio Ambiente, Xico Graziano, envolvendo bloqueios e vistorias de caminhões nas estradas, durante a madrugada, e fiscalização em revendedoras na zona atacadista de madeira no bairro do Gasômetro, na capital, além de grandes estabelecimentos na Região Metropolitana de São Paulo e no Interior do Estado.
O projeto “São Paulo Amigo da Amazônia”, um dos 21 Projetos Ambientais Estratégicos do Governo paulista, que objetiva coibir a comercialização de madeira proveniente da região amazônica produzida ou transportada ilegalmente, foi um agente motivador de toda a ação desencadeada. As estimativas davam conta de que 90% da madeira produzida na Amazônia eram ilegais e que seu principal destino era o Estado de São Paulo, que consumia em torno de 15% do total, estando à frente inclusive de países como a França e a China.
Outras iniciativas fizeram com que São Paulo se tornasse o primeiro Estado não Amazônico signatário contra o desmatamento naquela região, em adesão formalizada em outubro de 2007, em evento organizado pelo Greenpeace e outras organizações ambientalistas, no Parque Villa-Lobos. A SMA também assinou um protocolo em parceria com a Secretaria de Habitação e a Companhia de Desenvolvimento Habitacional Urbano do Estado de São Paulo - CDHU, tendo como uma das principais diretivas a obrigatoriedade de comprovação de madeira de origem legal ou a utilização de madeira certificada. Em junho 2008, um decreto assinado pelo governador José Serra instituiu o Cadastro Estadual das Madeireiras Paulistas - Cadmadeira, outro importante instrumento na luta contra o comércio ilegal de madeira.
Bloqueios em estradas e vistorias nos depósitos
Nas ações realizadas em 2007, cerca de três mil toneladas de madeira, 3.066 ton., e seis veículos foram apreendidos, além de terem sido constatados 18 depósitos irregulares. Para isso, nove estradas sofreram bloqueio, 144 veículos com madeira nativa foram vistoriados, assim como 61 veículos com madeira exótica e 25 depósitos, na capital, Grande São Paulo e cidades como Araçatuba, Campinas, Ribeirão Preto e Sorocaba. O valor total das multas aplicadas foi de R$ 1,3 milhão.
Já, em 2008, até o final de agosto, 2.625 toneladas de madeira e cinco veículos foram apreendidos, e oito depósitos foram flagrados com irregularidades, sendo que o total de multas arbitradas foi de R$ 1,5 milhão. Em 2008, as operações foram deflagradas em sete estradas e foram vistoriados 94 veículos com madeira nativa e quatro com madeira exótica, além de 10 depósitos.
Da Secretaria do Meio Ambiente
10/16/2008
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