Aprovada urgência para projeto que atende reivindicação dos professores



Com o apoio de todos os líderes partidários, o Senado decidiu votar nesta quarta-feira (31), em regime de urgência, o projeto do governo que garante mais recursos para o pagamento dos professores universitários, em greve há 70 dias. Presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, o senador Bernardo Cabral (PFL-AM) anunciou em plenário que o senador Romero Jucá (PSDB-RR) será o relator da matéria.

Cabral ressaltou que o presidente do Senado, Ramez Tebet, foi a primeira pessoa a alertá-lo para a urgência do projeto, em conversa na manhã desta terça-feira (30). Também disse que o requerimento que permitirá a votação nesta quarta-feira atende a todas as facções partidárias, preocupadas com uma greve há tanto tempo sem solução.

Conforme Cabral, na Câmara a matéria foi aprovada com a rapidez que se impunha, devendo este ser o primeiro item da pauta da CCJ na reunião desta quarta-feira. "Isso para que esses servidores possam, antes do feriado, estar com isso resolvido", acrescentou, falando também em nome do PFL.

Na ocasião, Romero Jucá (PSDB-RR) registrou a importância do projeto para a retomada das aulas nas universidades. Ele prometeu que, na manhã desta quarta-feira, apresentará seu relatório, o qual poderá ser imediatamente votado na CCJ.

Jucá acrescentou que, em razão da preocupação com a greve, a liderança do governo estava inteiramente a favor de sua votação em regime de urgência. Disse ainda que a votação do projeto encerrará grave problema, propiciando o fortalecimento dos servidores públicos do ensino federal.

O senador José Eduardo Dutra (PT-SE) sugeriu que, aprovado o requerimento de urgência, reconhecida por todos a relevância da matéria, havendo consenso sobre sua aprovação e levando-se em conta que sexta-feira (2) é feriado, o projeto deveria ser votado nesta quarta-feira e sancionado na quinta-feira (1º).

Em nome do PSB, o senador Ademir Andrade (PSB-PA) declarou sua satisfação em ver esse entendimento concluído. "Estamos absolutamente de acordo em que esse projeto seja votado, para que o presidente possa sancioná-lo o mais breve possível", afirmou.

Falando em nome do PTB, o senador Carlos Patrocínio (PTB-TO) registrou sua satisfação ao ver que "está chegando finalmente a solução para essa pendenga". Ele disse que o PTB aprova e recomenda todo e qualquer procedimento no sentido de viabilizar o mais rapidamente possível a aprovação da matéria.

Pelo PMDB, falou o senador Mauro Miranda (PMDB-GO), lembrando o papel decisivo que o presidente do Senado teve no encaminhamento e na negociação para a retomada do diálogo entre o Ministério da Educação e os professores do ensino público federal.

Mauro Miranda parabenizou Ramez Tebet pelo seu empenho no caso, observando que "quando se adota o diálogo, chega-se a um bom entendimento". Ele ressaltou que o Senado não pode deixar de estar presente nessa questão e nem deixar de acelerar o que for necessário para que o projeto seja aprovado o mais rapidamente possível.

30/10/2001

Agência Senado


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