Renan atende Mães do Rio e pede urgência para aprovação de projeto de Sarney
O líder do PMDB, senador Renan Calheiros (AL), informou que recebeu em seu gabinete a visita de representantes do grupo carioca Mães do Rio, formado por mulheres que tiveram filhos e parentes mortos por armas de fogo. Elas querem ver aprovada, aqui no Senado, um projeto de lei do presidente José Sarney que prevê a criação de um fundo nacional para indenizar as vítimas da violência, informou Renan.
O senador lembrou que as maiores vítimas de armas de fogo são homens - para cada mulher de 15 a 24 anos assassinada a tiros no Rio de Janeiro, morrem 24 homens da mesma faixa etária. A média diária de mortes por arma de fogo no país é de cem pessoas.
- Mas não podemos esquecer que, por trás de cada homem morto, fica a dor de mulheres que sobrevivem: mães, mulheres, filhas, namoradas, avós, irmãs e amigas - disse Renan.
O líder do PMDB pediu urgência para a aprovação do projeto de José Sarney, já acatado pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e enviado à Câmara dos Deputados. "O movimento Mães do Rio tinha 200 mulheres há um ano, todas mães e parentes de vítimas da violência policial. Hoje, elas são mais de 300", contou.
A líder do grupo, Euristéia de Azevedo, teve o filho William assassinado aos 24 anos por seguranças de uma casa noturna, nas proximidades do Estádio do Maracanã, em 1998. Renan citou ainda como exemplo positivo de combatividade a advogada Cristina Leonardo, defensora dos direitos humanos em casos como a exploração de mulheres brasileiras em Israel e a chacina de Vigário Geral, perpetrada por policiais. O senador disse que 80% dos cariocas são favoráveis à proibição total de armas de fogo no país, e que as mães têm papel fundamental nisso.
14/05/2004
Agência Senado
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