Aprovadas indicações para direção da Agência Nacional de Saúde



A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) aprovou, nesta quarta-feira (28), a indicação de Maurício Ceschin e Leandro Reis Tavares para exercerem o cargo de diretor da Agência Nacional de Saúde suplementar (ANS). As indicações foram feitas pela Presidência da República em decorrência do término dos mandatos de Leôncio Andrade Feitosa e Eduardo Marcelo de Lima Sales.

Maurício Ceschin, informou o relator da matéria, Romero Jucá (PMDB-RR), é graduado em Medicina e especialista em Administração Hospitalar. O indicado, ressaltou o senador, possui experiência de 25 anos na área de saúde e em empresas de grande porte.

Em sua apresentação, Ceschin criticou o elevado custo dos planos de saúde para os consumidores, o que não atrai grande número de adesão. Assim, explicou, os cooperativados dos planos precisam arcar com os custos para oferecer garantias de atendimento. Ele também discordou da forma como os serviços de saúde são remunerados, uma vez que o enfoque está no número de atendimento de pessoas doentes. A burocracia enfrentada pelos usuários quando necessitam de atendimento também foi criticada pelo indicado. Em sua opinião, com o avanço tecnológico, os procedimentos podem ser simplificados.

Também aprovado como diretor da ANS, Leandro Reis Tavares é médico com especialização em Cardiologia e autor de artigos inéditos em cardiopatias. Em sua apresentação aos senadores, ele informou que os planos de saúde surgiram no final da década de 50, quando os tratamentos eram predominantemente voltados a doenças infecciosas. Atualmente, observou, as pessoas estão mais informadas e exigentes, e o atendimento passou a ser feito especialmente para casos de doenças cardiovasculares.

Leandro Tavares informou que o mercado atende 53 milhões de usuários, a maioria em planos coletivos. Também ressaltou que há uma concentração da oferta desse serviço: 90% usuários utilizam os serviços de 400 operadoras no país.

No relatório da indicação de Leandro Tavares, o senador Sérgio Guerra (PSDB-PE) apontou as parcerias público-privadas como mecanismos que podem contribuir para melhorar os serviços de saúde. Conforme observou em seu voto, pesquisas revelam que a maior preocupação dos brasileiros é com atendimento à saúde. O relatório de Sérgio Guerra foi lido pelo senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG).

28/10/2009

Agência Senado


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