Aprovado nome de Antonino Lisboa Mena Gonçalves para a embaixada do Brasil na Suécia
O nome do embaixador Antonino Lisboa Mena Gonçalves foi aprovado por unanimidade pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) na reunião desta quinta-feira (1º) para assumir a embaixada da Suécia e, cumulativamente, a da Letônia. Mena Gonçalves era o embaixador lotado na Bolívia quando o presidente Evo Morales decretou a nacionalização das reservas de petróleo, no dia 1º de maio, e foi substituído pelo embaixador Frederico Cezar de Araújo.
O embaixador, licenciado em Língua Inglesa e bacharel em Direito, nasceu em Niterói, no Rio de Janeiro. Já serviu na embaixada em Ancara (Turquia), no consulado-geral em Milão (Itália) e nas embaixadas em Washington (EUA) e em Caracas (Venezuela). Seu último posto, desde 2003, era La Paz (Bolívia). Mena Gonçalves chefiou várias delegações brasileiras enviadas a reuniões e conferências internacionais,destacando-se o grupo de trabalho Brasil-Venezuela sobre cooperação para a construção da rodovia BR-174, em 1988, e a reunião do Conselho de Cooperação Amazônica em 2000 e em 2002.
Em sua exposição, Mena Gonçalves traçou um histórico do país em que vai servir, que tem 9 milhões de habitantes. Disse que o Brasil é um dos principais destinos dos investimentos suecos. São Paulo é considerada a segunda maior cidade com concentração de indústrias suecas no mundo e abriga empresas como a Ericsson, a Volvo, a Scania, a Electrolux e a Fiat Lux. Do Brasil, os suecos importam matérias-primas como café, soja e carne, mas também manufaturados, como aviões e álcool. A balança comercial ainda é favorável a eles: vendemos US$ 546 milhões e compramos US$ 912 milhões.
A economia do país é de base capitalista, apesar da forte presença do Estado. A máquina é sustentada por impostos elevados, que somam 50% do Produto Interno Bruto (PIB) sueco, que em 2005 foi de US$ 361 bilhões. Mas a população tem excelente qualidade de vida.
- A política de bem-estar e seguridade social sueca dá segurança desde o berço até o túmulo em termos de renda, de saúde e de educação aos cidadãos - disse o embaixador.Já em relação à Letônia, os principais produtos de exportação para este país são: café, calçados, instrumentos musicais de percussão, madeiras compensadas e suco de laranja. No contexto da agenda bilateral Brasil-Letônia, dois temas estão pendentes: a extensão, aos cidadãos letões, da reciprocidade na isenção de vistos de turismo concedida unilateralmente pela Letônia e a proposta de negociação de acordos para evitar a dupla tributação, para prevenir a evasão fiscal e para estabelecer assistência mútua em matéria alfandegária.01/06/2006
Agência Senado
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