Aprovado o nome de Andrea Matarazzo para a embaixada em Roma
Na ocasião, o primeiro secretário da Casa, senador Carlos Wilson (PTB-PE) registrou informação da Comissões de Relações Exteriores (CRE) segundo a qual "o indicado se comprometeu a entregar seu passaporte italiano à embaixada da Itália e, no ato, declarar suspensos seus direitos à cidadania italiana enquanto durar a missão diplomática".
Antes da votação, o senador Lauro Campos (PDT-DF) apoiou o entendimento do senador Bernardo Cabral (PFL-AM) que, no âmbito da CRE questionou a escolha de um brasileiro com dupla nacionalidade para representar o país no exterior. Lauro Campos lembrou ter um projeto que veda a brasileiros de dupla nacionalidade o exercício de alguns cargos, entre eles, o de presidente do Banco Central.
Lembrando que foi discutida na Comissão de Assuntos Sociais a profissão de treinador de goleiro de futebol, que só pode ser exercida por pessoas capacitadas, o senador questionou por que o Brasil mandará para o lugar do embaixador Flecha de Lima uma pessoa estranha à carreira diplomática.
Além de deplorar a saída de Flecha de Lima, em sua opinião, um dos mais brilhantes diplomatas que o Brasil já teve, Lauro Campos lamentou que o indicado para a embaixada, "além de ter dupla nacionalidade, não possua as características profissionais que só a carreira no Itamaraty oferece".
Na mesma sessão, o Senado aprovou, por 59 votos favoráveis, seis contrários e duas abstenções, o nome de Roberto Pinto Ferreira Mameri Abdenur para o cargo de embaixador brasileiro na Áustria. A decisão será agora comunicada ao presidente da República.
Foi aprovado ainda nova versão para o Acordo Quadro de Cooperação Financeira entre o Brasil e o Banco Nórdico de Investimento, celebrado em Helsinki, em 1999. A matéria agora vai a promulgação.
07/11/2001
Agência Senado
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