Aprovado parecer de Arns sobre adaptação de parques de diversões a pessoas com necessidades especiais



Pelo menos cinco por cento dos brinquedos e equipamentos dos parques de diversões, sejam eles públicos ou privados, poderão ser adaptados e adequadamente identificados para possibilitar a sua utilização por pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida. É o que determina projeto de lei da Câmara (PLC 24/08) aprovado nesta quinta-feira (3) pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), que acolheu parecer do senador Flávio Arns (PT-PR) favorável à proposta.

VEJA MAIS

De autoria do deputado Alberto Fraga (DEM-DF), o projeto tem o objetivo, segundo o autor,"de dar condições para que todas as pessoas tenham igualdade em todos os direitos".

Em seu parecer, Flávio Arns lembrou que a matéria vai ao encontro do texto da Convenção Interamericana para a Eliminação de todas as Formas de Discriminação contra as Pessoas Portadoras de Deficiência,ratificada pelo Congresso Nacional em junho de 1999,e também do Decreto 3.956/01, que promulgou a convenção.

- A mesma convenção atribui às autoridades governamentais e entidades privadas o dever de tomar medidas para eliminar a discriminação e promover a interação na prestação ou no fornecimento de bens, serviços, instalações acessíveis, programas e atividades como educação, esporte, trabalho e lazer - lembrou Flávio Arns.

Segundo a senadora Patrícia Saboya (PDT-CE), é errada a idéia de que as pessoas com algum tipo de deficiência devem ficar isoladas da sociedade.

- É uma questão de sensibilidade pensar em se adaptar brinquedos em parques de diversões para crianças com necessidades especiais. Temos que vencer esse preconceito e procurar dar a essas crianças e adolescentes uma vida melhor - afirmou a senadora pelo Ceará.

Questões indígenas

Na reunião desta quinta-feira, a CDH aprovou três requerimentos de autoria do senador Paulo Paim (PT-RS) para a realização de audiências públicas sobre questões indígenas. O primeiro tem por finalidade debater a situação dos detentos indígenas. Paim explicou que a discussão é necessária, pois é comum a ocorrência de situações em que os índios desconhecem o processo ao qual estão sendo submetidos.

- Muitas vezes, a peça acusatória é lida, e eles, mesmo desconhecendo o teor do processo, concordam, com medo de haver algum agravante - explicou Paim.

O segundo requerimento tem o objetivo de discutir questões relativas à reserva indígena Bananal de Brasília, ao passo que o terceiro vai debater a violência contra o povo indígena. Segundo Paim, será enfocado, nesse último debate, a morte da adolescente xavante Jaiya Pewewiio Tfiruipi, ocorrido em Brasília no último dia 25, após ter sido vítima de empalação na Casa de Apoio à Saúde Indígena (Casai).

Ao votar a proposta, Paim lembrou que a audiência seria realizada nesta quinta-feira (3), mas foi cancelada para esperar informações da Polícia Federal, que somente a partir desta quinta-feira começaria as investigações.

Patrícia Saboya lembrou que a adolescente tinha apenas 16 anos, era muda e se locomovia por meio de uma cadeira de rodas.

- Esse foi um caso bárbaro que aconteceu dentro de uma casa de proteção ao índio. Isso mostra a fragilidade do nosso sistema de proteção - ressaltou a senadora.



03/07/2008

Agência Senado


Artigos Relacionados


CAS debate atendimento às pessoas com necessidades psicológicas especiais

Estado lança portal de orientação para pessoas com necessidades especiais

Subcomissão discute recursos destinados às pessoas portadoras de necessidades especiais

Alckmin cria Centro de Orientação e Encaminhamento para Pessoas com Necessidades Especiais

Serviço: Site apresenta conteúdo para pessoas com necessidades especiais e suas famílias

Acidentes em parques de diversões internam 4 por dia em SP