Arlindo Porto é o terceiro candidato à Presidência do Senado



Pouco menos de 24 horas antes da eleição da nova Mesa do Senado, o senador Arlindo Porto (PTB-MG) anunciou nesta terça-feira (dia 13) que disputará a Presidência da Casa com o líder do PMDB, senador Jader Barbalho (PA), e com o candidato do Bloco Oposição, senador Jefferson Péres (PDT-AM). O terceiro postulante ao cargo, que tem o apoio do PFL e do PPB, disse contar inicialmente com 25 votos.

O lançamento do nome de Arlindo Porto foi decidido nesta terça-feira, depois de uma longa negociação entre senadores do PFL, do PPB e do próprio PTB em torno da apresentação de uma candidatura que se situasse como alternativa às de Jader e Jefferson - a chamada "terceira via". Pela manhã, o senador José Fogaça (PMDB-RS) chegou a ser mais uma vez sondado por parlamentares do PFL sobre a possibilidade de disputar o cargo, mas recusou o convite, com o argumento de que seu partido já tinha um candidato.

No começo da tarde, o presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), reuniu-se com vários parlamentares do partido no gabinete de Arlindo Porto para oficializar o apoio ao senador do PTB. Em entrevista concedida na Biblioteca do Senado, logo em seguida, Bornhausen disse que o novo candidato tem chances reais de vitória, apesar do pouco tempo disponível para buscar votos. "Ninguém acreditava na terceira via e ela está aí", afirmou.

Logo após o lançamento de seu nome, Arlindo Porto anunciou que buscaria o apoio de senadores de todos os partidos até o momento da eleição, marcada para as 15h desta quarta-feira (dia 14). "Assumo a candidatura na perspectiva de que tenho chance de ganhar", disse Arlindo. "Participei de todos os entendimentos sobre o lançamento de uma candidatura da terceira via e estivemos sempre em sintonia sobre a necessidade de buscar o melhor nome e o nome que aceitasse disputar o cargo", relatou.

Segundo Arlindo Porto, o PFL, o PPB e o PTB calculam serem necessários pelo menos 33 votos - dos 81 possíveis em Plenário - para assegurar a vitória. Mesmo sem contar com todos esses votos no lançamento da candidatura, o senador disse estar confiante. "Hoje nenhum candidato tem a vitória consolidada", observou. "A oposição também não tem a quantidade necessária de votos", comparou.

13/02/2001

Agência Senado


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