ARMAS DE FOGO LIDERAM ESTATÍSTICAS DE MORTES NO BRASIL, DIZ SECRETÁRIO DE ORGANIZAÇÃO DA ONU
Oscar Vilhena acrescentou que 83% das armas apreendidas no Rio de Janeiro tiveram origem legal. Em São Paulo, segundo o representante das Nações Unidas, nos últimos cinco anos, 75 mil armas foram roubadas. Apresentando estes números, ele admitiu não ter certeza se a proibição das armas reduzirá a violência, mas ele disse que certamente o número de mortes por homicídio será reduzido.
Continuando sua defesa da proibição das armas, Oscar Vilhena citou que a cada sete horas morre no Brasil uma pessoa vítima de acidente com arma de fogo, sendo que muitas delas são crianças. Ele informou também que a cada 12 horas uma pessoa se suicida, também com arma de fogo. "Se não tivéssemos o acesso facilitado como temos hoje, certamente continuaria a haver suicídios e acidentes domésticos, mas não na quantidade que temos hoje", opinou.
Encerrando sua intervenção na audiência conjunta das comissões de Relações Exteriores e Defesa Nacional e de Constituição, Justiça e Cidadania, que serviu para instruir o exame de proposta que restringe a fabricação e o uso de armas de fogo no Brasil, Oscar Vilhena contestou o custo social da medida. Ele indagou se não seria preferível desempregar 27 mil pessoas e reduzir 40 milhões em impostos, como divulgam os representantes das indústrias de armas, para evitar 41 mil mortes por ano e diminuir os gastos do país em 10% do seu PIB, quantia, que segundo ele, é gasta com a violência.
13/01/2000
Agência Senado
Artigos Relacionados
Estudo: Armas de fogo fornecidas ilegalmente a índios aumentam mortes e conflitos entre yanomamis
Estudo: Armas de fogo fornecidas ilegalmente a índios aumentam mortes e conflitos entre yanomamis
Brasil instala o 1º sistema de detecção de armas de fogo da América Latina
Alerta: pedestres lideram ranking de mortes em acidentes de trânsito no Estado
PROIBIÇÃO DE ARMAS DE FOGO FOI DESTAQUE NA CRE
PROIBIÇÃO DE ARMAS DE FOGO FOI DESTAQUE NA CRE