ARRUDA: REJEITAR TERESA GROSSI SERÁ PUNIR QUEM NÃO TEVE CULPA
"Teresa Grossi não era diretora do Banco Central e, como funcionária concursada da instituição, apenas cumpriu o que foi determinado pela diretoria, afirmou nesta terça-feira (dia 14) o senador José Roberto Arruda (PSDB-DF), líder do governo no Senado, em defesa da indicação da funcionária para a diretoria de fiscalização do Banco Central. Segundo Arruda, rejeitar no Senado a indicação seria puni-la sem provas.- Ela depôs na CPI dos Bancos como testemunha. Foi clara, coerente e competente. Agora, o presidente do Banco Central afirma que ela é a pessoa mais indicada para ocupar o novo cargo. O Ministério Público não viu nada de incorreto na sua conduta. É justo o Senado agora rejeitar seu nome? - questionou Arruda, em consideração ao pronunciamento do senador José Eduardo Dutra (PT-SE), que pediu a rejeição da indicação.Conforme o líder do governo, o diretor do BC que criticou a CPI dos Bancos, Luiz Carlos Alvarez, foi demitido imediatamente, mostrando que o governo não concordava com sua posição. Por isso, a seu ver, aceitar a indicação de Teresa Grossi não significa que o plenário do Senado estará cometendo algum ato prejudicial à CPI dos Bancos ou dando razão ao diretor demitido. "Reafirmo: não há nada contra Teresa Grossi que a impeça de exercer um função pública."Teresa Grossi, funcionária de carreira do Banco Central, era chefe do Departamento de Fiscalização em janeiro de 99, quando ocorreu a crise cambial que acabou levando à liberação da cotação do dólar no país. Ela depôs por cinco horas à CPI do sistema bancário em maio do ano passado e foi questionada sobre a decisão da diretoria do BC de vender dólares, a preços favorecidos, aos bancos Marka e FonteCindam durante a crise cambial. Seu superior imediato à época era Cláudio Mauch, diretor de Fiscalização, que também prestou depoimento à CPI.
14/03/2000
Agência Senado
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