ARRUDA: TERESA GROSSI NÃO PARTICIPOU DA DECISÃO SOBRE MARKA E FONTECINDAM



O líder do governo no Senado, José Roberto Arruda (PSDB-DF), disse nesta quinta-feira (dia 16) que nada foi apurado contra Teresa Grossi - funcionária do Banco Central indicada para a Diretoria de Fiscalização da instituição - no caso Marka FonteCindam. Ele lembrou que o relatório final da CPI do Sistema Financeiro pediu o indiciamento de várias pessoas, solicitando que, no caso de Teresa Grossi e outros, o Ministério Público desse continuidade às investigações. Na quarta-feira (dia 15), Arruda defendeu a indicação de Grossi para a diretoria do BC.
Arruda manifestou-se em resposta a pronunciamentos dos senadores Roberto Requião (PMDB-PR) e Eduardo Suplicy (PT-SP), e assegurou que os argumentos alinhados pelos senadores serão encaminhados ao Ministério da Fazenda.
Segundo Arruda, no depoimento que Grossi prestou à CPI teria ficado claro que ela não participou da decisão da diretoria do Banco Central de socorrer os bancos Marka e FonteCindam, profundamente atingidos pela desvalorização cambial. Tomada a decisão, disse o senador, "Grossi e todos os demais funcionários cumpriram sua missão profissional dentro do que fora determinado pela diretoria do Banco Central".
Arruda relembrou que a funcionária declarou isso em seu depoimento à CPI, "elogiado, inclusive pela oposição, por sua firmeza e clareza".
O líder do governo reiterou que Grossi não pode ser previamente condenada e que é uma incorreção afirmar que a CPI teria pedido seu indiciamento. "Não pediu, nem podia fazê-lo", insistiu. Conforme Arruda, o governo já demonstrou de forma contundente seu apreço "pelo trabalho eficiente, profundo e sério da CPI" ao demitir Luís Carlos Alvarez imediatamente após "observações impróprias" que fez contra os integrantes da CPI do Sistema Financeiro.

16/03/2000

Agência Senado


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