Arthur Virgílio avisa que PSDB não concorda com novas alíquotas do Imposto de Renda
O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), avisou da tribuna que o seu partido não concorda com qualquer aumento da carga tributária -e muito menos com a criação de novas alíquotas do Imposto de Renda-. Ele disse que uma possível nova alíquota mais elevada, de 35%, -afetará muito a classe média, já tão sobrecarregada-.
Virgílio leu notícias publicadas pelos jornais desta quarta-feira (2), segundo as quais o governo concedeu -uma redução mínima- de até R$ 27,50 na retenção de IR para quem está na menor faixa do imposto. Ao mesmo tempo, o Ministério da Fazenda informou que foram iniciados estudos para a criação das novas alíquotas, que seriam aplicadas só no ano que vem.
O senador pediu a transcrição, nos anais do Senado, de artigo do jornalista Alcides Amaral, publicado no domingo, no jornal O Estado de S. Paulo, em que mostra com números -a verdadeira expropriação- que o governo vem fazendo em cima da classe média ao não corrigir a tabela de IR.
O líder do PSDB lamentou ainda que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenha afirmado a parlamentares e empresários que o acompanharam à China que estaria mudando a geopolítica mundial e que o Washington teria -tremido- por causa de sua aproximação com os chineses.
- Alguém precisa dizer ao presidente que deixe este ridículo de lado e coloque os pés no chão. Ele não está mudando nada em geopolítica e nem os norte-americanos tremeram com sua viagem - afirmou.
Virgílio considerou ainda -um insulto- ao Congresso a afirmação de um graduado integrante do governo que, ao comentar as dificuldades de aprovação do salário mínimo de R$ 260 pelos deputados e senadores, disse que -bastariam algumas verbinhas- para sua aprovação.
- Vai aqui um aviso ao governo: o Congresso não é vendinha e nem está a soldo do Executivo. A afirmação é um insulto a todo o Congresso - disse.
02/06/2004
Agência Senado
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