Arthur Virgílio comenta suposta autorização do presidente do PT para compra de dossiê



O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), comentou em Plenário a matéria de capa do jornal Correio Braziliense nesta quarta-feira (11), "CPI: Berzoini mandou comprar o dossiê". O senador disse não ter mais dúvidas do envolvimento do presidente licenciado do PT, Ricardo Berzoini, na negociação "desse desastrado dossiê orquestrado contra os candidatos José Serra e Geraldo Alckmin".

Arthur Virgílio leu a maior parte da reportagem, que acusa Berzoini de ter autorizado Jorge Lorenzetti, então chefe do núcleo de inteligência da campanha presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva, a negociar com Luiz Antonio Vedoin, apontado como chefe da "máfia das ambulâncias", a compra do dossiê. Em 15 de setembro último, a Polícia Federal (PF) prendeu Valdebran Padilha e Gedimar Passos (ligados ao PT) com cerca de R$ 1,7 milhão em notas de dólares e reais que seriam usados na compra.

A matéria traz um verdadeiro cronograma dos passos de cada um dos envolvidos no esquema, inclusive a negociação com revistas semanais que poderiam publicar reportagens sobre o dossiê.

TV Digital

O senador Arthur Virgílio demonstrou preocupação com a suposta intenção do governo Luiz Inácio Lula da Silva de permitir que outros estados possam produzir componentes para televisores digitais e para conversão de televisores analógicos em digitais. Na interpretação do senador, os incentivos fiscais recebidos pelo Pólo Industrial de Manaus são merecidos pelo estado para compensar as dificuldades logísticas da região.

- Abrir para todos [os estados] significa fechar para o Amazonas, que ao longo de décadas tem sido o único produtor de televisões do Brasil, e deixaria de produzir televisões, justamente as digitais. E ficaria com um pólo morto, um pólo em inanição, o pólo de tevê analógica - resumiu Arthur Virgílio.

Sociedade Pestalozzi

Ao final do discurso, o senador fez um apelo ao governo do Amazonas e à Prefeitura de Manaus para que auxiliem a Sociedade Pestalozzi na cidade. Segundo Arthur Virgílio, a instituição fechou, depois de 29 anos de atuação no estado. A Pestalozzi atua em todo o Brasil na educação e assistência a crianças portadoras de deficiências físicas e mentais.

O senador informou que a sociedade tem uma dívida de R$ 60 mil, que poderia ser saldada pelo governo do estado ou pela prefeitura da capital. Ele também mencionou a Associação Amazonense dos Amigos dos Autistas, que também estaria enfrentando dificuldades financeiras.

Em apartes, os senadores Tião Viana (PT-AC), Mão Santa (PMDB-PI) e Alvaro Dias (PSDB-PR) comentaram o pronunciamento do colega amazonense.



11/10/2006

Agência Senado


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