Arthur Virgílio critica doação de recursos para reforma agrária na Bolívia



O senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) criticou, nesta quinta-feira (8), decisão do governo de abrir crédito no orçamento no valor de R$ 20 milhões em favor do Ministério das Relações Exteriores para a implantação da política de reforma agrária na Bolívia. Medida Provisória (MP 354/2007) neste sentido foi aprovada pela Câmara dos Deputados e deve ser apreciada pelo Senado em breve. Os recursos seriam destinados à regularização da situação das famílias brasileiras que vivem na faixa de fronteira com o estado do Acre.

Para Arthur Virgílio, o objetivo real da MP é beneficiar o governo de Evo Morales, e não os brasileiros que vivem em território boliviano. O senador classificou a atitude de "assistencialismo tupiniquim", e acrescentou que ela não engrandece a política externa brasileira.

O senador disse que o Executivo agiu de má fé ao subestimar a inteligência dos parlamentares e que, em represália, a medida deve ser rejeitada pelo Senado, ainda que os recursos já tenham sido empenhados.

O líder do PSDB frisou que cabe a Evo Morales cuidar dos estrangeiros que vivem no Bolívia, ao passo que os recursos do governo brasileiro devem ficar em território brasileiro. Ele lembrou que os assentamentos da reforma agrária no Brasil carecem de investimentos.

- Mesmo em meu estado há municípios que vem sendo fortemente castigados pela seca do Rio Negro. Esse dinheiro serviria para aliviar a dor da população - disse ele.

Em aparte, o senador Jefferson Péres (PDT-AM) disse que também se posicionará contrariamente à medida provisória.

08/03/2007

Agência Senado


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