Arthur Virgílio diz que país caminha para a recessão
O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), cobrou do governo a imediata adoção de medidas concretas, destinadas a reverter o atual quadro da economia brasileira que, observou, já começa a percorrer um caminho não desejado pela sociedade: o da recessão.
Segundo Arthur Virgílio, a "desesperança" passa a tomar conta da sociedade em virtude de a economia do país não apontar sinais de crescimento, conforme o prometido pelo governo. Apesar disso, lembrou o senador, a equipe econômica insiste em não reduzir a taxa básica de juros, "o que piora a situação de todos".
- Os ministérios do governo do PT estão paralisados. Nada se faz, nada anda, nada de projetos - protestou Arthur Virgílio. Ele informou que, do total dos R$ 47,9 bilhões previstos no Orçamento, e já liberados, apenas 25,1% foram efetivamente gastos, até o último dia 20 de maio.
Enquanto os investimentos não chegam, observou o senador, o governo anuncia gastos com propaganda em torno de R$ 268 milhões, não incluindo as cotas das estatais. Ele previu que, nos próximos anos, a sociedade assistirá a uma inundação de propaganda, "como se isso pudesse substituir as realizações e as obras tão aguardadas pela população, como a recuperação das rodovias federais".
O senador também protestou contra a intenção do governo, conforme publicou o jornal Folha de S. Paulo, de "brecar" as audiências públicas de ministros no Congresso Nacional, como forma de impedir que a oposição ataque a equipe governamental. Ele recordou que a convocação de ministros está prevista na Constituição.
Arthur Virgílio informou que a desobediência àquele pressuposto constitucional implica em crime de responsabilidade. E disse que, no início da atual legislatura, chegou a apresentar requerimentos à Mesa convocando dois ministros de Estado para comparecer ao Senado, mas que até hoje aguardam inclusão na Ordem do Dia para serem votados, o que considera um absurdo.
28/05/2003
Agência Senado
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