Arthur Virgílio diz que PSDB não abre mão de indicar presidente da CPI Mista



O líder do PSDBno Senado, Arthur Virgílio (PSDB-AM), disse nesta terça-feira (26) que o seu partido não abre mão de indicar o presidente da comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) que vai investigar a utilização dos cartões corporativos por funcionários do governo federal, Presidência da República e ministros. O prazo estipulado pelo líder do governo, senador Romero Jucá (PMDB-RR), para chegar a um acordo com a base governista, acaba amanhã às 14h.

Arthur Virgílio disse que, no caso de não haver acordo para que a oposição indique um nome para a presidência da CPMI, o presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho, estará obrigado a ler o requerimento de criação da CPI dos Cartões Corporativos do Senado, que foi assinada por 33 senadores e apresentada no último dia 19. Para o senador, a posição de negociador assumida por Jucá é a mais sensata, porque busca preservar as relações políticas no Senado. Ele observou que se quiserem "empurrar para debaixo do tapete" as investigações, a CPI do Senado seria instalada e poderia servir para fazer a apuração devida.

Arthur Virgílio afirmou que a oposição não vai submeter à aprovação de ninguém o nome que indicar para a presidência da CPMI. Ele disse que podem ser indicados os senadores Marconi Perillo (PSDB-GO), Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) e Marisa Serrano (PSDB-MS). Questionado sobre se teria autoridade para indicar um nome do PMDB, Virgílio disse que a CPMI foi criada para apurar.

- Eles querem que vá quem para a CPMI? A tia Maroca? Isso aqui não é jogo de comadres, é para se apurar. Eu não tenho a menor vontade de mandar no PMDB, mas quem tem direito de indicar a presidência da CPMI é o PSDB - afirmou.

Reforma Tributária

Arthur Virgílio disse ainda que será possível analisar a seriedade da proposta governamental de reforma tributária se o governo interromper o envio de medidas provisórias ao Congresso e retirar as MPs que já estão tramitando. Para ele, quatro meses - março, abril, maio e junho - é um tempo curto para aprovar essa reforma, principalmente em ano eleitoral.

- Se eles aceitarem não editar mais nenhuma medida provisória, se aceitarem leis infraconstitucionais, fáceis de serem aprovadas, vai ficar claro se estão bem intencionados ou não - disse Arthur Virgílio, que prometeu denunciar se o governo não estiver, de fato, comprometido com a reforma tributária.

Ricardo Icassatti e Cristina Vidigal / Agência Senado



26/02/2008

Agência Senado


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