Arthur Virgílio: Lula piorou a vida dos pobres e melhorou a dos ricos
Referindo-se às contas do primeiro ano de governo de Luiz Inácio Lula da Silva que, embora aprovadas, mereceram ressalvas do Tribunal de Contas da União, o senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) constatou que não há mais como contestar que o governo Lula piorou a vida dos pobres e melhorou a dos ricos.
- A análise do TCU mostra, tecnicamente, que a renda real do brasileiro caiu 14% no ano passado, o primeiro do mandato de Lula. Essa é uma taxa recorde nesses últimos 15 anos. A taça é do presidente petista - disse.
Arthur Virgílio referiu-se ainda ao crescimento do número de milionários no Brasil que, segundo o Banco Merryl Linch, ao longo do primeiro ano do mandato de Lula, cresceu 6,67%, passando de 75 mil em 2002 para 80 mil em 2003.
O parlamentar disse que já esperava esse malogro do Executivo no primeiro ano de administração, tão freqüentes têm sido os desencontros da equipe petista, -que não mandou uma única bola para o gol-. Ele criticou principalmente o fato de o governo não ter aplicado o percentual mínimo previsto pela Constituição na área de saúde.
- Agora não há como contestar. Lá vem o Brasil do presidente Lula descendo a ladeira, a mais de 1% ao mês, ou na boa gíria, tão do gosto do petista-chefe, a 100 quilômetros horários. De nada adianta gritar -se segura, peão-, porque o Brasil vai mal, segundo o julgamento técnico do TCU - disse.
Arthur Virgílio anexou a seu pronunciamento matéria publicada pelo jornal Correio Braziliense, no dia 16 passado, com o título -Renda real do brasileiro caiu 14%-. Da mesma forma, ele pediu a transcrição de matéria publicada pelo jornal Estado de S. Paulo, com o título -Lula decide manter Dirceu fora da ação política-.
Para o senador, é importante que o historiador do futuro conheça matérias como essas para melhor analisar o governo Lula. Em sua análise, o governo está paralisado pela fofoca e os jornais comprovam isso ao informar que Lula -resolveu intervir nesse redemoinho palaciano cheio de ondas ou ventos conflitantes- e parece ter dado -um puxão de orelhas no redemoinhador-chefe, o ministro José Dirceu, advertindo-o de que ele não retornará ao comandado da coordenação política-.
25/06/2004
Agência Senado
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