Arthur Virgílio pede que governo não apresse tramitação de MPs



O senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) pediu ao governo e aos seus líderes que não desrespeitem os prazos para votação de medidas provisórias no Senado. Ele lembrou que, mesmo não constando no regimento interno da Casa ou na Constituição federal, é praxe que tramite durante três dias qualquer medida provisória sobre a qual não exista acordo entre os senadores do governo e os da oposição.

Segundo o senador pelo Amazonas, recentemente foi quebrada uma praxe quando o senador Alvaro Dias (PSDB-PR), que tinha sido indicado pelo seu partido para relatar a medida provisória que criou novos cargos no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), foi substituído pelo senador Fernando Bezerra (PTB-RN). Arthur Virgílio lembrou que, tradicionalmente, o partido que relata a matéria na Câmara dos Deputados indica também o relator no Senado.

Em resposta ao líder do PSDB, o senador Tião Viana (PT-AC), também líder do seu partido, opinou que, baseado no regimento, a relatoria da matéria somente seria entregue ao PSDB no Senado se o relatório apresentado na Câmara pelo deputado peessedebista fosse aprovado. Como o parecer do deputado pelo PSDB foi rejeitado, completou Tião Viana, é natural a troca de partido na relatoria da matéria.

Já o presidente José Sarney, respondendo a afirmação feita por Arthur Virgílio de que o governo Luiz Inácio Lula da Silva não tinha cumprido a promessa de negociar com os senadores mudanças na Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), informou que lembrará ao líder do governo, senador Aloizio Mercadante (PT-SP), o compromisso assumido.

- Presidi a sessão que aprovou a medida provisória sobre a Cofins. Nós só votamos a matéria por causa do princípio da anualidade, para não prejudicar o país. Mas recebi do governo a afirmação e o compromisso de que, reabertos os trabalhos da Casa, reabriríamos também a discussão sobre a matéria - afirmou José Sarney.



10/02/2004

Agência Senado


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