Arthur Virgílio: "PSDB vai votar unido e quer participação nobre nas comissões"
O senador Arthur Virgílio (AM), líder do PSDB no Senado, afirmou à imprensa que o seu partido "vai votar unido" nas eleições para a Presidência e cargos da Mesa da Casa, no próximo dia 2, e que a bancada "quer participação nobre nas comissões" do Senado. A declaração foi feita depois de manter encontros informais com os dois candidatos ao posto de presidente, senadores Tião Viana (PT-AC) e José Sarney (PMDB-AP).
Virgílio disse ainda que o PSDB votará afinado com o Democratas, ponderando que os dois integram o bloco de oposição na Casa - o Democratas tem 13 senadores, mesmo número do PSDB. Questionado pelos repórteres, declarou que os peessedebistas "têm vontade de ver o senador Tasso Jereissati em uma posição de destaque". Observou, no entanto, que nas primeiras conversas com os candidatos, não entrou "no detalhamento" sobre quais partidos ficarão com as comissões de Assuntos Econômicos (CAE) e de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), consideradas pelos senadores como as mais importantes da Casa.
Arthur Virgílio mencionou o nome de Jereissati depois que um jornalista citou notícias informando que o atual presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho, gostaria de presidir a CAE ou a CCJ. Nos últimos dois anos, a CCJ ficou com o Democratas e a CAE, com o PT.
Na entrevista, ao lado do senador Tião Viana, Arthur Virgílio sustentou que o PSDB e o Democratas querem ainda que os candidatos se comprometam com atitudes que reafirmem a independência do Legislativo e que implantem um sistema de sorteio na escolha de relatores dos projetos que chegam ao Senado. Lembrou que Garibaldi adotou o sistema de rodízio, "o que foi um avanço, mas é preciso ir mais longe".
Na segunda-feira (26), o PSDB manterá conversas formais com os dois candidatos, com a presença do presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE). A seguir, o partido reunirá a bancada para "unificar o voto", na expressão de Arthur Virgílio. Para ele, a estratégia do seu partido de não lançar candidato e nem de antecipar seu voto "foi correta, a tal ponto de se poder ler hoje nos jornais que o PSDB será o fiel da balança nas eleições para a Presidência do Senado".22/01/2009
Agência Senado
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