Arthur Virgílio quer "aberturas mais significativas" no incentivo às indústrias exportadoras
O recém-lançado, pelo governo federal, plano de incentivo às exportações de produtos industrializados, foi criticado nesta quarta-feira (14) pelo líder do PSDB, senador Artur Virgílio (PSDB-AM). Ele questionou se falta ação e visão ao governo e cobrou empenho e "aberturas mais significativas" para as indústrias exportadoras de Manaus.
- Não seria preciso muito mais do que atender ao que propõem ao governo empresas e empresários sérios, que se esforçam para aumentar sua presença em Manaus. E enfrentam obstáculos. O governo dificulta as ações e projetos - afirmou.
Como exemplo, o senador citou a fábrica de telefones celulares, a única de Manaus, responsável por investimentos de US$ 648 milhões e mais de 1800 empregos diretos. A empresa também já exportou 3,7 milhões de aparelhos para as Américas, Ásia e Europa, de um total de 16 milhões de unidades fabricadas.
Artur Virgílio disse que o governo tem dificultado a expansão da empresa, impedindo a importação de motores para a fabricação de dispositivos móveis com tecnologia avançada e com incentivos fiscais. Ele observou que, enquanto isso, os concorrentes localizados em outros estados, especialmente São Paulo, contam com incentivos equivalentes aos que a Nokia busca em Manaus.
- Já tive ensejo de ventilar esse problema no Senado. A Nokia queixa-se da taxa, considerada discriminatória, do ICMS que incide nos celulares produzidos em São Paulo, em relação a Manaus. Enfatizei que é urgente por um fim nessa discriminação fiscal. Em São Paulo é de 18% o percentual incidente sobre os celulares produzidos em Manaus e de 7% sobre os manufaturados em São Paulo - protestou.
14/05/2008
Agência Senado
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