Arthur Virgílio relata situação de fotógrafo que foi ferido no ataque do MLST
O líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM), voltou a analisar nesta quarta-feira o episódio da invasão da Câmara dos Deputados por integrantes do Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST), no último dia 6. O senador considerou "um absurdo" o movimento se beneficiar de verbas públicas e relatou as dificuldades pelas quais está passando o fotógrafo free-lancer Raimundo Nonato Nogueira França, ferido durante o conflito e que desde então está impossibilitado de trabalhar, além de não ter recursos para o seu tratamento.
- Os R$ 5 milhões em recursos públicos que financiaram o MLST não foram usados para treinamento agrícola, mas para invadir e depredar a Câmara dos Deputados - disse o senador, explicando que o repasse não foi feito diretamente, já que o movimento não se constituiu em pessoa jurídica, mas por intermédio de outras entidades.
Arthur Virgílio denunciou a situação dramática vivida pelo free-lancer, que pela natureza do seu modo de trabalhar não tem amparo de nenhuma empresa e já tentou, sem sucesso, obter tratamento médico na Câmara. O fotógrafo pediu ajuda ao senador Alvaro Dias (PSDB-PR).
Índios
Em seu discurso, o senador também criticou a ação da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) em relação aos índios Mura-Pirahã, do Amazonas, que estariam sendo obrigados a um a integração considerada nefasta com o mundo civilizado.
Outra crítica foi dirigida diretamente ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao ex-ministro da Integração Nacional e candidato a deputado Ciro Gomes, por "inaugurarem" as obras da ferrovia Transnordestina. O PSDB entrou com representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedindo a declaração de inelegibilidade dos dois por usarem a máquina pública em benefício de suas campanhas eleitorais.14/06/2006
Agência Senado
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