Arthur Virgílio solicita vinda de Tarso Genro ao Senado para explicar operação Castelo de Areia



O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), apresentou nesta terça-feira (31) um requerimento para que o ministro da Justiça, Tarso Genro, e o diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, sejam convocados a comparecer ao Senado para dar explicações sobre a operação Castelo de Areia. Essa ação investigou a realização de doações ilegais feitas pela empresa Camargo Corrêa a campanhas eleitorais.

- Será que o objetivo era prejudicar o PSDB e o DEM? - questionou o líder do PSDB.

Arthur Virgílio se referia às supostas doações irregulares que teriam beneficiado esses dois partidos e, especificamente, os senadores José Agripino (DEM-RN) e Flexa Ribeiro (PSDB-PA). Ao responderem às acusações, ambos declararam que as doações que receberam da Camargo Corrêa foram realizadas legalmente.

Na opinião de Arthur Virgílio, da forma como as denúncias foram divulgadas, "parece que o governo pretende criminalizar as doações legais e, ao mesmo tempo, esconder o superfaturamento da Refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco". No caso da refinaria, o senador se referia às suspeitas de que parte dos recursos destinados à construção dessa unidade seja desviada para beneficiar, entre outros, o PT.

O líder do PSDB citou ainda a notícia de que a Polícia Federal não mencionou o PT na operação Castelo de Areia porque, apesar de o partido ter recebido doações da Camargo Corrêa, não haveria indícios de ilegalidade no repasse. Ao criticar a Polícia Federal, Arthur Virgílio perguntou se "por acaso havia indícios nas doações feitas ao PSDB e ao DEM".

- Tarso Genro tem muito a explicar nesse caso - afirmou ele.

Quanto à Polícia Federal, Arthur Virgílio disse que "há uma parte dessa instituição que é absolutamente profissional e não está vinculada a governo algum".

Para o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), as denúncias envolvendo o seu partido e o DEM são decorrência da disputa eleitoral pela Presidência da República e, por isso, teriam "o objetivo de confundir a opinião pública e comprometer a oposição".

- E o governo já colocou a campanha na rua - afirmou.



31/03/2009

Agência Senado


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