Operação Castelo de Areia é contra crimes financeiros, afirmam Tarso Genro e Luiz Fernando Corrêa



O objeto da operação Castelo de Areia, da Polícia Federal, são os crimes financeiros e não possíveis irregularidades nos financiamentos de campanha, garantiram em audiência pública na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) o ministro da Justiça, Tarso Genro, e o diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa. A operação resultou na prisão de quatro diretores da empresa Camargo Corrêa acusados de evasão de divisas, crimes contra o sistema financeiro e fraude em licitações.

De acordo com Corrêa, o relatório de 250 páginas da Polícia Federal divulgado no dia operação (25 de Março), pelo juiz Fausto De Sanctis, traz apenas quatro páginas a respeito do financiamento de campanha. Tarso Genro afirmou que a partir do momento em que o assunto de financiamento de campanha virou notícia, o debate "perdeu o foco".

Na opinião do ministro, o relatório cita a arrecadação de recursos para campanhas como operações normais dentro de uma investigação. Esses financiamentos serão checados e podem ser legais ou não, declarados ou não, equivocados ou dolosos, disse Tarso Genro.

O ministro e o diretor-geral da PF frisaram que o juiz e não a Polícia Federalé a fonte das informações a respeito das investigações.

- A operação e a prisão dos diretores da Camargo Corrêa foi precedida de um ano de investigações e não vazou uma linha da Polícia Federal. O inquérito saiu da Polícia Federal para o Ministério Público e a Justiça - declarou Tarso Genro.

O ministro reafirmou que a PF somente faz escuta telefônica com autorização judicial. Qualquer um que faça escuta ilegal será punido, disse Tarso Genro. O ministro lembrou que o Governo já enviou projeto para regulamentação das escutas telefônicas ao Congresso, ao qual deverá ser anexada proposta do senador Jarbas Vasconcelos sobre o assunto.

28/04/2009

Agência Senado


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