Arthur Virgílio sugere esforço concentrado com pauta cheia
O líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), sugeriu ao presidente do Senado, José Sarney, que adote esforços concentrados, com a pauta cheia, em determinadas sessões, para viabilizar as votações no período que antecede as eleições. O senador disse que as "paradas" nos trabalhos do Congresso, por conta das eleições, não diminuem o Legislativo.
Virgílio afirmou que a atividade dos parlamentares-candidatos nas ruas, prestando contas e ouvindo o povo, não é menos importante do que o discurso no Plenário. O que é necessário, segundo afirmou, é concentrar as votações em determinados dias, para evitar qualquer prejuízo às deliberações.
Segundo o líder do PSDB, exigir que um parlamentar fique no Congresso todos os dias, batendo ponto burocraticamente, em época eleitoral, seria o mesmo que pedir, há dois anos, que Hillary Clinton ou Barack Obama não fizessem campanha como pré-candidatos à convenção do Partido Democrata, porque na época eram senadores.
- O sistema de convocação de períodos de esforço concentrado é mais eficaz, sem prejuízo das sessões que podem servir de debate [sessões não deliberativas] - acrescentou.
Propostas
Virgílio previu para o próximo esforço concentrado, terça (6) e quarta-feira (7), a votação de matérias importantes, como as PECs da Juventude e do Divórcio - a Proposta de Emenda Constitucional 42/08 estende aos jovens a proteção e os direitos já assegurados às crianças e aos adolescentes e a 28/2009, que aguarda o segundo turno de votação, desburocratiza a dissolução do casamento.
O senador disse que tem "muita convicção" de que a PEC 17/08, que prorroga até 2033 os incentivos fiscais do Polo Industrial de Manaus, será votada nesse esforço concentrado. Virgílio lembrou que há um acordo entre líderes do governo e da oposição para quebrar interstícios e fazer todas as votações em um só dia.
Pesquisa
O líder do PSDB considerou "fato auspicioso" a pesquisa Datafolha, divulgada hoje, indicando empate técnico entre os candidatos José Serra (PSDB), com 39%, e Dilma Rousseff (PT), com 38%. Ele disse que é "positivo" o candidato do PSDB ter-se mantido competitivo no meio de "toda essa confusão" em torno da escolha do postulante a vice-presidente na chapa da oposição.
02/07/2010
Agência Senado
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