Assembléia deverá visitar assentamentos em fevereiro



O relator da Subcomissão de Assuntos Agrários, deputado Dionilso Marcon (PT), acompanhado de lideranças do MST, convidou oficialmente, na manhã desta sexta-feira, 14 de dezembro, o presidente da Assembléia, deputado Sérgio Zambiasi (PTB), para visitar os assentamentos agrários do Rio Grande do Sul. O convite é extensivo a parlamentares de todas as bancadas.

Ficou acertado que as visitas a quatro assentamentos e a um acampamento de trabalhadores sem-terra ocorrerão na segunda quinzena de fevereiro, quando inicia o ano parlamentar.

A iniciativa do petista é uma resposta à proposta da Farsul de instituir vistorias nas áreas em que foi realizada a reforma agrária no Rio Grande do Sul. “Ao contrário dos grandes latifúndios, não temos medo de abrir as portas à população e aos parlamentares para que verifiquem a produção dos assentados. Temos todo o interesse em mostrar o que produzimos, pois estamos certos de que isso atesta a importância da reforma agrária”, argumenta.

O deputado considera uma “confissão de culpa” a decisão dos fazendeiros gaúchos de impedir as vistorias do Incra no Rio Grande do Sul. “Só combate as vistorias quem não produz. Quem trabalha e atende a função social da propriedade pode ficar tranquilo”, aponta. Ele frisa que o MST é o maior interessado em mostrar à sociedade os “resultados práticos e concretos da reforma agrária”, através da produção dos assentamentos.

Desafio

Marcon afirma ainda que, apesar de todas as dificuldades criadas pela política do governo federal para o setor primário, os assentamentos apresentam índices de produtividade considerados muito bons. Ele cita o exemplo do assentamento em que reside no município de Nova Santa Rita. Antes de ser desapropriada, a fazenda de 2000 hectares abrigava 200 cabeças de gado arrendadas, 36 hectares de arroz, também em regime de arrendamento, duas famílias e uma escola fechada.

Com a transformação em assentamento, a área plantada de arroz subiu para 200 hectares, o número de cabeças de gado passou para mil e a escola foi reaberta, atendendo atualmente 67 alunos. Além disso, as 100 famílias de agricultores assentados têm 400 vacas de leite, dois mil porcos e produzem 50 mil frangos de corte, abatidos a cada 40 dias. Marcon desafia o presidente da Comissão de Agricultura a mostrar ao público a produtividade de suas fazendas também.

“Teremos assim a oportunidade de ver quem, realmente, tem vocação para a agricultura”, ironiza, referindo-se às declarações do pepebista de que o governo só deve destinar terras a quem tem vocação agrícola.

12/14/2001


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