Assembléia presta homenagem a deficientes físicos



Cerca de 80 portadores de deficiência física participaram hoje da sessão solene da Assembléia Legislativa em homenagem a Associação Leopoldense de Portadores de Deficiência Física (ALDEF), entidade que completou 15 anos no último dia 25. A sessão foi proposta pelo deputado Ronaldo Zulke (PT). A ALDEF começou a funcionar na antiga sede da Unisinos em São Leopoldo com 38 associados. Hoje são quase dois mil cadastrados e um grupo de convivência com 200 integrantes que se reúne duas vezes por semana para atividade recreativas e sociais. A entidade também tem se empenhado em ampliar os espaços dos deficientes no mercado de trabalho, oferecendo cursos de especialização e encaminhando as crianças para as escolas do município. A direção do Legislativo teve que improvisar rampas para garantir o acesso de cadeiras de rodas ao plenário. “Assistirmos de perto às dificuldades que os portadores enfrentam. Tivemos de improvisar, procurando uma solução emergencial para garantir o acesso das pessoas que necessitam de cadeira de rodas ao plenário. Este fato expõe uma debilidade da estrutura de nossa Casa e expõe uma flagrante omissão de nossa parte”, assinalou Zulke, conclamando os parlamentares a buscar uma solução permanente para garantir o acesso dos portadores de deficiência ao prédio da Assembléia. “Que este episódio nos sirva de exemplo e nos mobilize para que possamos juntos construir uma alternativa permanente, que abra as portas desta Casa aos portadores, não só nos momentos de festa, mas no seu dia- a-dia”, propôs. O deputado defendeu a adoção de mecanismos facilitadores para garantir a acessibilidade e a independência dos portadores de deficiência. “Prédios públicos, edifícios residenciais e comerciais ainda são projetados sem a observância de concepções facilitadoras. Meios-fios de calçadas ainda são feitos sem rebaixamento e o transporte coletivo, em sua grande maioria, não conta com adaptação para cadeira de rodas. Os semáforos não dispõem de dispositivos capazes de emitir sons de alerta aos deficientes visuais e a altura dos telefones públicos não possibilitam a independência de comunicação para pessoas de baixíssima estatura ou em cadeira de rodas” relatou Zulke. O parlamentar frisou também que, mais perverso do que os complicadores de ordem arquitetônica são os preconceitos e a exclusão a que os portadores são submetidos. “As diferenças passam a ser vistas como estigmas”, lamentou.

11/28/2000


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