Assentados comercializam alimentos em feira em AL



Cerca de 250 toneladas de alimentos serão comercializadas na Praça da Faculdade, em Maceió (AL), até o meio-dia do sábado (19), quando termina a 19ª edição da Feira Camponesa. A expectativa é dos coordenadores da Comissão Pastoral da Terra (CPT), responsável pela organização do evento. A produção é fruto do trabalho de 120 famílias de diversas regiões do estado, que vendem em suas barracas desde a manhã desta quarta-feira (16), quando começou a feira.

A abertura do evento contou com a participação de autoridades e representantes de movimentos sociais do campo e da cidade. O Incra apoia a iniciativa e foi representado por sua superintendente regional, Lenilda Lima, que destacou a importância dos investimentos em comercialização e o trabalho das famílias. "Essa é a prova de que a reforma agrária é uma política eficaz para o desenvolvimento rural. Os produtos do campo vêm para a cidade e vêm com qualidade", afirmou Lenilda.

A engenheira agrônoma Heloísa Amaral, da coordenação da CPT, informou que as famílias são oriundas de assentamentos e acampamentos do Litoral Norte, Mata Norte e Sertão de Alagoas. "Além do artesanato, os trabalhadores estão trazendo banana, laranja, coco, abóbora, feijão, fava, macaxeira, batata e outros produtos livres de agrotóxicos", explicou a técnica. Uma casa de farinha também foi montada na praça e o produto é fabricado na hora da comercialização.

Culinária típica

Durante os três dias de feira, o público também pode se servir no restaurante camponês, funcionando os três horários, com comidas típicas nordestinas. Nas noites, há apresentações musicais todos os dias, com participação de artistas que variam do forró ao pop rock e MPB. O clima de festa é para comemorar os dez anos da experiência, que se repete todos os anos no mesmo endereço.

Dona Eneide Souza, moradora do Trapiche, um bairro vizinho ao local da feira, chega sempre no fim da tarde. Faz suas compras e espera o início dos shows. "Venho todos os dias com minhas sobrinhas, não compro tudo num dia só, faço algumas compras e ainda assisto aos artistas se apresentarem. Em todos os anos é assim, é muito bom", contou a aposentada, com sacola nas mãos, percorrendo as barraquinhas.

Fonte:

Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária



18/10/2013 17:22


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