Ativistas de defesa da mulher dizem que violência no campo é maior que nas cidades
Em audiência pública solicitada pela senadora Serys Slhessarenko (PT-MT), representantes das mulheres e das trabalhadoras do campo informaram aos senadores da Comissão de Direitos Humanos (CDH) que a violência no campo praticada contra as mulheres é ainda maior que a violência urbana.
Segundo a coordenadora da Via Campesina Brasil, Rosangela Piovisani, as pesquisas desta natureza não retratam a realidade do campo e das florestas onde, segundo informou, a situação é ainda mais grave, devido ao isolamento, à falta de acesso à informação e a órgão de denúncia.
Carla de Paiva, coordenadora-geral da Rede Feminina de Marcha Mundial de Mulheres, observou o caráter estrutural da violência doméstica, lembrando que 98% dos casos são praticados pelos companheiros dessas mulheres. Ela disse também que a Lei Maria Penha sozinha não é suficiente para combater o crime, devendo o Estado investir em outras políticas públicas.
Carmem Helena Ferreira Foro, representante da Confederação dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) também pediu novas políticas públicas e mais pesquisas, aproveitando para criticar as posturas discriminatórias contra a mulher, em especial quando elas partem de instituições como a Igreja.
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15/04/2009
Agência Senado
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