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O diretor-presidente da Eletrobras Termonuclear, Othon Luiz Pinheiro da Silva, afirmou que as usinas nucleares modernas, construídas em locais apropriados e com a tecnologia adequada, são seguras e eficientes na geração de energia.

- O Brasil pode prescindir de nucleares, mas vai pagar mais. O Brasil é rico em minerais e em urânio, o qual não tem outra utilização que não a geração de eletricidade. Podemos ficar três décadas sem novas instalações, mas vamos pagar muito por isso. É uma questão de opção. Suspender por 30 anos é possível, mas vamos pagar mais e sacrificar mais o povo - argumentou Othon Silva.

Ele garantiu ainda que a usina Angra III está sendo construída com as normas mais modernas de segurança existentes.

Mas o diretor-executivo da F.G.Whitaker Assessoria Técnica de Negócios e Serviços Internacionais, Francisco Whitaker Ferreira, discordou das afirmações do presidente da Eletrobras Termonuclear. Ele lembrou que outros países, como Alemanha e Japão - traumatizado pelo acidente de Fukushima - estão abandonado esse tipo de usina.

- Apenas pouco mais de 2% de nossa matriz vêm da energia nuclear. Será que vale a pena correr riscos? O preço que vamos pagar é a energia mais cara. Mas eu não penso no preço da energia, mas no preço de vidas humanas - afirmou.

Após o debate, a CI iniciou análise de indicações de diretores para agências reguladoras.

Os trabalhos estão sendo coordenados pelo senador Fernando Collor (PTB-AL).

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