Audiência pública sobre caso Varig não terá participação de ministra da Casa Civil



A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, não vai mais participar do debate sobre a crise enfrentada pelo Grupo Varig a ser realizado nesta terça-feira (25), em audiência pública no Senado Federal. A assessoria do senador Heráclito Fortes (PFL-PI), presidente da Comissão de Infra-Estrutura (CI), informou que Dilma deverá comparecer ao Senado para debater o assunto em outra oportunidade.

O governo vive um impasse a respeito da possibilidade de injetar dinheiro público para tentar salvar a Varig, que por sua vez alega ter um crédito de mais de R$ 4 bilhões para receber dos cofres públicos por perdas com congelamento de tarifas.

Participarão da audiência pública o presidente da Infraero, tenente-brigadeiro José Carlos Pereira; o diretor-geral da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Milton Zuanazzi; o comandante Marcio Marsillac, coordenador da associação Trabalhadores do Grupo Varig (TGV); Elnio Borges, diretor do Sindicato Nacional dos Aeronautas, e Marcelo Gomes, gerente-geral da Alvarez e Marsal, especializada em reestruturação de empresas, que foi contratada pela Varig.

Além deles, deverá ainda comparecer à audiência o gerente-executivo de Produtos de Aviação da BR Distribuidora, Pedro Caldas Pereira. A empresa, que fornece combustível à Varig, também enviará ao evento o gerente executivo de Operações Financeiras, Pedro Sampaio, e a gerente de Contencioso, Martha Sobral. O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Demian Fiocca, também foi convidado porque existe a possibilidade de a instituição liberar crédito para empresas interessadas em adquirir a Varig.

O debate sobre a situação da Varig será feito em audiência pública conjunta das comissões de Serviços de Infra-Estrutura (CI), Assuntos Econômicos (CAE), Assuntos Sociais (CAS) e Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR). A reunião será na sala 13 da ala Alexandre Costa.

Em reunião na semana passada, senadores da CI ressaltaram ser impossível o governo investir qualquer quantia na empresa se ela não cortar na "própria carne". O senador Gerson Camata (PMDB-ES) acusou a Fundação Rubem Berta, controladora majoritária da Varig, de atuar de forma predatória por não permitir ações como a execução de um plano de recuperação com demissões de funcionários. O senador Ney Suassuna (PMDB-PB) informou que apenas 58 aviões da empresa estão em operação, mas que quase 1.300 pilotos permanecem contratados, e alguns deles com salários de R$ 50 mil.



24/04/2006

Agência Senado


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