Augusto Botelho comenta pesquisa sobre a saúde no Brasil
O senador Augusto Botelho (PT-RR) comentou nesta quinta-feira (17) a Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher (PNDS), financiada pelo Ministério da Saúde e realizada pelo Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrape), com apoio técnico do Ibope. Segundo Botelho, a pesquisa comprova o maior avanço do país na área do desenvolvimento social "já registrado em nossa história".
- Essa pesquisa, que envolveu 15 mil mulheres, entre 15 e 49 anos, e cinco mil crianças com até cinco anos, comprovou que, entre 1996 e 2006, a situação da saúde das mulheres e das crianças melhorou consideravelmente. Toda uma geração, portanto, nasceu mais saudável, de mães mais saudáveis. Com isso, podemos esperar, mais para frente, uma melhora significativa na saúde da população como um todo - afirmou.
Botelho apontou como avanços o aumento de 200% na distribuição gratuita de contraceptivos femininos; a queda no número de esterilizações femininas realizadas; o aumento nas esterilizações masculinas; a queda, no meio urbano, de 8,6% para 0,8% no número de mulheres que não se submetiam a consulta pré-natal, e de 31,9% para 3,6%, no meio rural; a queda de 44% na mortalidade infantil; e o aumento, de um para 2,2 meses, na média de duração do aleitamento materno exclusivo e, de sete para 9,3 meses, da amamentação associada a outros alimentos.
- Além disso, 43% das mães disseram ter amamentado seu filho na primeira hora após o nascimento, o que aumenta consideravelmente a chance de sobrevida saudável do bebê, visto que o primeiro leite, o colostro, é rico em anticorpos. Em 1996, esse número era 33%. Isso parece pouco, mas o efeito desse primeiro aleitamento é surpreendente. Estima-se que cerca de sete mil mortes de bebês até um ano de idade poderiam ser evitadas no Brasil apenas com essa amamentação na primeira hora após o nascimento - assinalou.
O senador também observou que a pesquisa revelou a questão do sobrepeso, com 6,6% das crianças e 43% das mulheres apresentando excesso de peso para a altura. No caso das mulheres, ressaltou Botelho, nos dez anos cobertos pela pesquisa, houve um aumento de 64% na obesidade.
17/07/2008
Agência Senado
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