Augusto Botelho defende uso de energia nuclear para evitar 'apagões'
Nesta quinta-feira (17), em Plenário, o senador Augusto Botelho (PT-RR) apelou ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para que "conclua o mais rápido possível" o licenciamento ambiental da usina nuclear de Angra 3. Segundo ele, o Brasil precisa ampliar a sua capacidade energética para evitar a ocorrência de "apagões".
- Não tenho dúvida de que o aumento da capacidade de geração de energia elétrica no Brasil passa, necessariamente, pelo término da construção da usina nuclear de Angra 3, que terá capacidade instalada de 1.350 megawatts de energia. Quando Angra 3 entrar em operação, o complexo nuclear brasileiro será capaz de gerar 26 milhões de megawatts-hora por ano, capacidade de geração semelhante à Companhia Energética de Minas Gerais [Cemig] - disse.
Em seu discurso, Botelho enumerou algumas vantagens da energia nuclear em relação a outras fontes energéticas, a exemplo da preservação ambiental e a ausência da emissão de gases que colaboram para o aquecimento global.
- A energia nuclear é uma energia limpa, uma vez que não lança no meio ambiente os tão temidos gases que provocam o aquecimento global. Além disso, construir usinas nucleares significa não construir usinas que consomem carvão, petróleo e gás natural, todos eles combustíveis fósseis que colaboram, e muito, para o efeito estufa. Estima-se que o atual uso da energia nuclear evita a emissão de 2,5 bilhõesde toneladas de gás carbônico por ano - salientou.
De acordo com o senador, 17% de toda a energia elétrica produzida no mundo provém de usinas nucleares. Segundo ele, os Estados Unidos possuíam, em novembro do ano passado, 103 reatores nucleares, seguidos da França, com 59, e do Japão, com 55.
- Aqui no Brasil, infelizmente, só temos dois. Enquanto 78,5% de toda a energia produzida na França é proveniente de usinas nucleares, no Brasil a participação é de apenas 2,5%. Temos de mudar esse quadro - defendeu.
17/05/2007
Agência Senado
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