Augusto elogia esforço do governo no combate à hanseníase



A taxa de prevalência - número de casos para cada grupo de determinado número de habitantes - da hanseníase é de 4,5 para cada 10 mil habitantes no Brasil. Para que a doença seja eliminada como problema de saúde pública, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, a prevalência deve ser de menos de um caso entre 10 mil pessoas. Esses dados foram levados nesta sexta-feira (22) ao Plenário pelo senador Augusto Botelho (PDT-RR), que elogiou o empenho do governo federal no combate à hanseníase.

  Augusto Botelho registrou o lançamento,  na quinta-feira (21), pelo ministro da Saúde, Humberto Costa, e pelo secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, das Cartas de Eliminação da Hanseníase. O documento, informou, apresenta a situação epidemiológica da doença nos estados e pretende "evidenciar o problema e cobrar empenho dos gestores para que o Brasil alcance a meta nacional de eliminação da doença".  

 As Cartas de Eliminação da Hanseníase, como esclareceu o senador, contêm informações resumidas sobre a descentralização do diagnóstico e tratamento da doença, o quadro epidemiológico com dados de 2003 e um mapa com a localização das microrregiões nos estados com seus  coeficientes de prevalência.

Augusto Botelho informou também que, nas regiões brasileiras, as prevalências são de 11,44 no Norte; 8,75 no Centro-Oeste; 6,73 no Nordeste; 2,40 no Sudeste e 0,79 no Sul. Em 2003, o Brasil registrou, em números absolutos, 79,9 mil casos de hanseníase, dos quais 49 mil novas notificações.

- É importante assinalar que o governo federal tem reconhecido a gravidade do problema da hanseníase no país e afirmado que é absolutamente inaceitável o Brasil apresentar os números atuais. Isso porque o país conta com uma rede de serviços de saúde, equipes de Saúde da Família e outros instrumentos que podem produzir mudanças, em curto prazo, na redução da carga dessa doença.

Augusto Botelho referiu-se ao Plano Nacional de Eliminação da Hanseníase, lançado no dia 6 de abril passado, que pretende descentralizar as ações de controle da doença, ampliando e universalizando o acesso dos portadores ao diagnóstico precoce, ao tratamento e às ações de reabilitação para que a meta de eliminação da hanseníase seja alcançada ao final de 2005.

O senador acrescentou que, entre os fatores que predispõem a pessoa a contrair a doença, estão o baixo nível socioeconômico, a desnutrição e a superpopulação doméstica. Augusto Botelho disse ainda que a hanseníase tem cura e que, se descoberta precocemente e tratada de maneira adequada, não deixa seqüelas.

Em aparte, o senador Mozarildo Cavalcanti (PPS-RR) afirmou que o Ministério da Saúde deveria fazer campanhas mais esclarecedoras sobre a hanseníase.



22/10/2004

Agência Senado


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