Governo vem realizando esforços no combate ao câncer, diz Augusto Botelho



Em pronunciamento nesta quinta-feira (10), o senador Augusto Botelho (PT-RR) disse que desde o lançamento da Politica Nacional de Atenção Oncologica, em dezembro de 2005, o governo federal tem realizado um grande esforço para promover ações integradas com a sociedade, visando implementar uma nova política que reconheça o câncer como problema de saúde pública. Tais ações, disse o senador, estão estruturadas por meio da Rede de Atenção Oncológica.

Augusto Botelho ressaltou que o objetivo dessa política deve referir-se simultaneamente às questões relativas à incidência e à mortalidade por câncer. A redução da incidência está diretamente associada às medidas de prevenção e de conscientização da população quanto aos fatores de risco da doença, que devem ser esclarecidos. Já a redução da mortalidade depende da capacidade nacional de detectar o câncer o mais precocemente possível, e de tratar os casos adequadamente.

Para aprimorar o atendimento aos pacientes de câncer no país, disse Botelho, os gastos do governo federal na assistência oncológica de alta complexidade dobraram em cinco anos. Conforme dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), as despesas com tratamento contra a doença subiram 103% entre 2000 e 2005, passando de R$ 571 milhões para R$ 1,16 bilhão.

O senador de Roraima disse ainda que um grande esforço tem sido empreendido para o controle do tabagismo. Segundo ele, apesar de ser um país em desenvolvimento e o segundo maior produtor e o maior exportador de tabaco em folhas do mundo, o Brasil tem conseguido desenvolver ações fortes e abrangentes de controle do hábito de fumar.

Nesse sentido, disse Augusto Botelho, alguns resultados positivos já vêm sendo observados, como a redução de 42%, entre 1989 e 2004, do consumo anual per capita de cigarros, já computadas as estimativas de consumo dos produtos oriundos do mercado ilegal, contrabando e falsificações.

Outra iniciativa do governo de maior relevância no combate ao câncer, segundo Augusto Botelho, foi a criação do Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome). No período de apenas três anos, entre 2003 e 2006, o número de doadores cadastrados no Redome saltou de 40 mil para 300 mil. O registro deverá crescer ainda mais nos próximos anos, tendo em vista a entrada em vigor, em abril de 2009, da lei que institui a Semana de Mobilização Nacional para Doadores de Medula Óssea.

Botelho citou ainda a criação pelo Inca, em 2005, do primeiro Banco Nacional de Tumores, que vem auxiliando pesquisadores e especialistas em Oncologia de todo o país a desenvolver trabalhos e estudos sobre os diferentes tipos de tumores malignos. O banco pretende reunir informações para a elaboração do perfil genético da população brasileira, possibilitando a realização de estudos voltados ao aprimoramento do diagnóstico e do tratamento do câncer. 



10/12/2009

Agência Senado


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