JÚLIO CAMPOS PEDE ESFORÇO DO GOVERNO NO COMBATE A ACIDENTES DE TRABALHO
O senador Júlio Campos (PFL-MT) dirigiu apelo ao governo federal para que agilize a implementação do Programa de Melhoria das Condições e dos Ambientes de Trabalho e exercite fiscalização rígida e constante. Referindo-se a pesquisa da Organização Internacional do Trabalho (OIT), o senador considerou "extremamente preocupante" a posição do Brasil em décimo lugar no ranking mundial de acidentes dessa natureza, tendo registrado, em 95, mais de 424 mil trabalhadores feridos no desempenho de sua função.
Esses dados, advertiu o senador, representam a estimativa de 25% dos casos reais, tendo em vista que as estatísticas oficiais levam em consideração apenas os postos de trabalho formal. Do total de acidentes, 3,9 mil resultaram em morte, o que representa 26,78% a mais do que em 94. São 9,35 mortes por mil acidentes no Brasil, contra 2,97 no México e 0,95 nos Estados Unidos, compara Júlio Campos.
- As empresas acumulam prejuízos com horas e dias parados, perda de produtividade, custos com indenizações, e perdem seu maior patrimônio que é o trabalhador. O governo aumenta gastos com pensão, aposentadoria por invalidez permanente e auxílio por incapacidade parcial permanente - analisou o senador. Ele acredita que governo e empresariado já estão conscientes da necessidade de uma ação objetiva para reverter os "lamentáveis indicadores de acidentes de trabalho no Brasil".
Levantamento feito pelo Ministério da Previdência e Assistência Social, com base em 95, aponta, segundo o senador, um gasto da ordem de R$ 4 bilhões em decorrência de acidentes de trabalho. Desse montante, R$ 850 milhões "sagraram os minguados cofres do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), cuja arrecadação, no mesmo ano, foi de cerca de R$ 2,5 bilhões", informou.
Júlio Campos disse que o problema ainda é mais grave em seu estado. "Mato Grosso foi o campeão em acidentes fatais no país, com 36,06 casos registrados para cada 100 mil trabalhadores", lamentou, citando dados publicados pela Gazeta Mercantil.02/02/1998
Agência Senado
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