Azeredo cobra mais atenção do governo aos interesses brasileiros em questões internacionais



Ao ressaltar a importância da política externa para o desenvolvimento do país, o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) cobrou nesta terça-feira (27) do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, mais veemência na defesa dos interesses brasileiros nos assuntos internacionais, destacando a questão da Petrobras na Bolívia.

O parlamentar recordou recente decreto do governo boliviano que repassava os bens de empresas privadas de petróleo - entre elas, a brasileira - para a YPFB, a estatal boliviana do setor. Para o senador, embora a medida tenha sido suspensa pelo presidente boliviano Evo Morales e provocado a queda do então ministro boliviano Andrés Soliz Rada, Lula não reagiu à questão com a indignação de que um chefe de Estado deveria ter.

- É imperativo que o presidente Lula e sua equipe sejam mais assertivos nas negociações com a Bolívia. O unilateralismo do senhor Morales não pode ser tratado como mero desconforto eleitoral às vésperas da escolha presidencial. A diplomacia deve ter como horizonte o longo prazo e os interesses de Estado - disse.

Além de diversas outras críticas sobre a política internacional brasileira, Eduardo Azeredo registrou que as duas maiores bandeiras deste governo no tocante à política externa não foram cumpridas: o fortalecimento do Mercosul e a cadeira permanente no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). O senador clamou por um maior debate sobre o tema na última semana de campanha eleitoral.

- Essa questão não pode ficar em segundo plano, tem que estar no foco, para um Brasil soberano, cujo presidente se indigna na defesa dos interesses do país - disse.

Eduardo Azeredo cobrou ainda o credenciamento do chefe da missão diplomática dos Estados Unidos no Brasil embaixador Clifford Sobel. O embaixador foi indicado pelo presidente americano, George Bush, em 23 de maio, confirmado pelo Senado norte-americano em 23 de junho e empossado pela Secretária de Estado, Condoleezza Rice em 20 de julho.

- Desde 1º de agosto em solo brasileiro, o 53º chefe de missão norte-americana no Brasil até hoje não foi recebido pelo Presidente Lula. Ficamos a nos perguntar por que a demora em credenciar o embaixador do principal parceiro bilateral do Brasil. Será que o seu credenciamento não é importante para a qualidade das relações bilaterais? De 1º de agosto até hoje, não foi possível se encontrar um momento para se receber o embaixador do maior parceiro comercial com o Brasil - afirmou.



26/09/2006

Agência Senado


Artigos Relacionados


Mário Couto cobra mais atenção para aposentados brasileiros

Valadares cobra mais atenção do governo de Sergipe aos citricultores

Ana Amélia cobra do governo mais atenção aos produtores alternativos de energia

Maguito cobra mais atenção do governo para problemas sociais

Papaléo cobra mais atenção do governo federal para o Amapá

Vital do Rêgo cobra mais atenção do governo à violência no trânsito