Azeredo lembra os 100 anos da morte de Afonso Pena, primeiro mineiro a chegar à Presidência



O senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) disse, em pronunciamento nesta terça-feira (13), que Minas Gerais se prepara para homenagear e resgatar a memória de Afonso Pena, o primeiro mineiro a chegarà Presidência da República, em 1906. A data será lembrada tanto em sua cidade natal, Santa Bárbara, quanto em Belo Horizonte - foi dele a proposta de fundação daquela cidade, designada capital do estado no lugar de Vila Rica.

Azeredo lembrou que, em junho último, o mausoléu do ex-presidente foi transferido do Rio para Santa Bárbara, para o pátio do Memorial Afonso Pena, no imóvel onde ele nasceu e viveu. O senador propôs que o Congresso preste homenagem ao ex-presidente, jurista, articulista, político, conselheiro do Império (quando foi ministro de várias pastas), governador de Minas (até então, os governadores eram chamados de presidentes), vice-presidente e presidente da República. Ele morreu antes de terminar o mandato.

O senador por Minas Gerais destacou que Afonso Pena foi abolicionista e, como ministro do Império, teve a chance de assinar a Lei dos Sexagenários, que libertava os escravos que completavam 60 anos. Eduardo Azeredo citou o historiador Hélio Silva, o qual escreveu que "no governo de Afonso Pena se apresentou o mais belo e o mais sério movimento de renovação da política nacional. Não só pela idade de seus componentes, mas, sobretudo, pelo fato de que eles representavam mudança de idéias, mentalidade e figuras".

- Aliás, alguns consideram o governo de Afonso Pena, ao lado de seu antecessor, Rodrigues Alves, um dos mais realizadores da Primeira República, justamente, pela prioridade aos problemas e soluções administrativas, em detrimento dos políticos - afirmou.



13/10/2009

Agência Senado


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