Serys lembra 36 anos da morte de Che Guevara
Oito de outubro é a data em que se relembra, pelo mundo afora, o martírio de Ernesto Che Guevara, o mais emblemático militante de toda a história da utopia socialista no mundo moderno, definiu a senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) em pronunciamento a propósito dos 36 anos da execução do militante socialista argentino, ocorrido em La Higuera, Bolívia.
Citando o historiador Voltaire Schilling, a senadora fez um relato da trajetória de Che Guevara, desde a -descoberta- das injustiças sociais ainda na Argentina até as tentativas de disseminar focos revolucionários pelo mundo, passando pela participação fundamental na vitória da revolução cubana de 1959/1960.
- Ernesto Che Guevara abandonou tudo para tornar-se um peregrino da revolução, emprestando seu nome e sua liderança às causas que considerava justas. Andou por montanhas e selvas, nas Américas do Sul e Central, no Caribe e na África, passou por incontáveis privações e todo o tipo de males e doenças decorrentes da guerra de guerrilhas - disse.
Serys descreveu o ambiente sócio-econômico da América Latina, com profundas desigualdades - algumas perdurando ainda - que foram o combustível para o espírito libertário do ativista. O encontro de Che com os rebeldes cubanos, no México, a campanha em Sierra Maestra e os primeiros anos do regime fidelista, com o enfrentamento com os norte-americanos e o alinhamento com os soviéticos, foram destacados no pronunciamento da senadora.
- Nos anos 60, Che tornou-se o símbolo vivo e itinerante da revolução cubana. Sua barba, seu uniforme e a boina tornaram-se a materialização da insurreição - disse a senadora.
Serys concluiu salientando a presença ainda marcante de Ernesto Che Guevara no imaginário atual, a despeito da -gradativa desilusão que a revolução cubana e o socialismo terminaram por provocar-.
- Fazer o homem do século 21, companheiros e companheiras, é nos mantermos fiel aos sonhos e à luta de Che, para que sejam superados todos os regimes de exploração neste mundo - frisou a senadora.
10/10/2003
Agência Senado
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