Eduardo Azeredo lembra 100 anos da ferrovia Vitória-Minas



O senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) discursou nesta quinta-feira (13) sobre o centenário da ferrovia Vitória de Minas, que vai de Itabira (MG) à capital do Espírito Santo, e escoa o minério de ferro e os produtos siderúrgicos da região destinados à exportação. O parlamentar aproveitou a data para chamar a atenção sobre a diminuição da malha ferroviária, que de 37,2 mil quilômetros, em 1953, caiu a 30,5 mil, quase voltando à extensão de 1922: 29 mil.

Eduardo Azeredo reconstituiu a história da construção da Vitória-Minas, marcada por muitos incidentes, dificuldades e reviravoltas de natureza técnica e política. Os construtores tiveram que enfrentar não só a exuberância e os mosquitos da Mata Atlântica, mas também a oposição de grupos nacionalistas.

O senador citou em seu discurso a atuação de empresas como a Belgo-Mineira, a Companhia Vale do Rio Doce, a Acesita e a Usiminas, que tiveram na ferrovia e seus ramais a infra-estrutura essencial ao seu funcionamento. Citou também os empresários Pedro Nolasco e Percival Farqhuar como fundamentais para a concretização do sonho da estrada, e o trabalho dos operários, que muitas vezes pagaram com a vida a ousadia da construção.

- O mais importante foi ter acreditado nesse empreendimento, tê-lo iniciado e prosseguido na busca de sua realização quando as condições mostravam-se adversas - afirmou.

O parlamentar mineiro assinalou ainda o compromisso assumido pela Vale, quando da privatização da companhia, em 1997, de construir o ramal Pirapora-Unaí da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA). Ele explicou que esse ramal será fundamental para o desenvolvimento do interior do país, ao permitir o escoamento da produção agropecuária do noroeste mineiro, do sudoeste baiano e do centro-leste goiano, com considerável diminuição de custos.



13/05/2004

Agência Senado


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