Azeredo pede que Senado retome discussão dos problemas nacionais
O senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) pediu que o Senado volte a assumir suas funções de casa legislativa e discuta os problemas do Brasil, em vez de ficar debatendo crises internas.
- Nós não fomos eleitos para sermos promotores. Eu não fiz concurso de promotor. Eu fui eleito para representar o estado de Minas Gerais - disse o senador. Eu não quero ficar aqui um ano discutindo, entra Sarney, sai Sarney, outro na
Eduardo Azeredo criticou o fato de o Senado passar um ano discutindo a permanência ou não do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) na Presidência do Senado e outro ano discutindo a permanência ou não de José Sarney (PMDB/AP) no mesmo cargo. Ele elogiou a instalação do Conselho de Ética, o que permitirá que esses problemas sejam discutidos em seus fóruns específicos.
Azeredo defendeu primeiramente a instalação "em definitivo" da Comissão Parlamentar de Inquérito da Petrobras. Para ele, é preciso evitar que a maior empresa brasileira "seja manipulada politicamente". Ele ressaltou que a fiscalização do Poder Executivo é uma das funções principais dos senadores.
O parlamentar também chamou a atenção para o setor da saúde. Lamentou a falta de medicamentos disponíveis para se enfrentar a gripe suína e chamou também a atenção para a questão das Santas Casas. Defendeu a volta da linha de crédito especial, fornecida pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para que as Santas Casas possam atualizar seus equipamentos.
Outra medida defendida por Azeredo foi a regulamentação da Emenda Constitucional 29, que especifica o percentual mínimo para a saúde de cada nível de governo, federal, estaduais e municipais.
O parlamentar lembrou que a Comissão de Educação (CE) discutiu pela manhã a questão da regulamentação dos diplomas de brasileiros que estudam no exterior, outro tema que, para ele, precisa ser resolvido pelo Senado. O pronunciamento de Eduardo Azeredo motivou apartes dos senadores Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), Augusto Botelho (PT-RR), Papaléo Paes (PSDB-AP) e Flávio Arns (PT-PR).
05/08/2009
Agência Senado
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