Jayme Campos pede a ministro do Planejamento que retome diálogo com o Incra



Em pronunciamento nesta quarta-feira (20), o senador Jayme Campos (DEM-MT) fez um apelo ao ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, pela retomada do diálogo com os servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em greve desde o dia 21 de maio.

- Peço ao ministro Paulo Bernardo que se dispa do radicalismo e aceite dialogar pessoalmente com os grevistas. Que faça um gesto em direção ao entendimento, negociando com os servidores sem colocar-lhes a faca no pescoço ameaçando com o corte de ponto e o desconto dos dias parados - solicitou ele.

A principal reivindicação dos funcionários é o realinhamento salarial. Segundo o senador, há uma enorme disparidade entre os vencimentos dos servidores do instituto e os demais servidores públicos federais.

- Trata-se de um movimento reivindicatório necessário e justo. Justo, porque a distorção salarial dos funcionários dessa autarquia em relação a organismos similares no organismo de governo chega a ser gritante - disse.

De acordo com Jayme Campos, que citou dados divulgados pelo comando de greve da autarquia, um trabalhador de nível intermediário em início de carreira no Incra recebe R$ 1.731, enquanto um servidor do mesmo padrão do Banco Central recebe R$ 4.221. No nível superior, prosseguiu ele, as disparidades seriam ainda mais graves, em sua opinião: enquanto o piso no Incra é de R$ 2.838, um funcionário da Superintendência de Seguros Privados (Susep) ganha R$ 8.160.

Os funcionários também reivindicam a reestruturação das carreiras, a reposição das perdas salariais e o fortalecimento da gestão do órgão. Para o senador, mais que a própria correção salarial, os servidores buscam o reaparelhamento institucional do Incra, com o intuito de "recompor a força operativa da entidade, na tarefa de zelar pelas terras do Estado".

- Enquanto perdura o movimento de paralisação, o setor rural sofre prejuízos incalculáveis, especialmente a pequena agricultura. São os pequenos proprietários, que necessitam do título da terra e do apoio técnico dos servidores do Incra, os que mais sentem a ausência do poder público - observou Jayme Campos.

20/06/2007

Agência Senado


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