Azeredo: "PSDB não tem motivos para se envergonhar do passado"



Destacando a oposição propositiva adotada pelo PSDB, o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) disse nesta quinta-feira (18) que não é o seu partido -quem tem motivos para se envergonhar de propostas feitas no passado e não cumpridas no presente, mas sim o partido que abandonou seu programa-.

- Temos lutado para defender as conquistas que obtivemos ao longo da administração Fernando Henrique e para impedir retrocessos prejudiciais ao país. O que temos visto nos últimos meses difere radicalmente das nossas idéias e do que o país exige para se desenvolver - afirmou.

Azeredo disse que, por insegurança, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva optou por uma dosagem excessiva na aplicação de instrumentos restritivos da política monetária, ignorando o clamor geral pela redução das taxas de juros. Para o senador, o resultado foram meses de sacrifício desnecessário e desmesurado que ampliaram o número de desempregados em mais 648 mil desde janeiro.

- Para cumprir a sua mais cara proposta de campanha, o governo atual terá de criar quase 11 milhões de novos postos de trabalho nos próximos três anos, o que exigirá crescimento econômico num ritmo muito superior aos 3,5% previstos para 2004 - alertou.

O senador também assinalou que, ao reduzir a renda dos trabalhadores, o modelo econômico seguido pelo governo concentra a riqueza de forma perversa. Ele acrescentou que, para verificar essa situação, basta comparar o que será gasto este ano com o pagamento de juros em relação aos gastos com aposentadoria. Segundo Azeredo, para pagar as aposentadorias de cerca de 20 milhões de brasileiros, o INSS deverá gastar este ano R$ 105 bilhões, enquanto as despesas com juros devem chegar a R$ 154 bilhões.



18/12/2003

Agência Senado


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