PSDB defende maior presença militar no Haiti, afirma Azeredo



O senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) ressaltou nesta segunda-feira (25) que seu partido apoia o aumento do contingente militar brasileiro no Haiti. Ele afirmou que, para evitar uma conflagração social e garantir a estabilidade daquele país - atingido por um terremoto no último dia 12 -, é necessário ampliar a presença da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah), que é chefiada pelo Brasil.

Presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) do Senado, Azeredo lembrou que esteve naquele país em agosto. Ele afirmou que, mesmo antes do terremoto, o Haiti já "vivia uma tragédia sem precedente, uma situação que não existe nem nas favelas brasileiras".

De acordo com o senador, apenas 10% da população haitiana tem acesso à eletricidade, o abastecimento de água beneficia menos de 20% dos habitantes, o índice de desemprego é de 70% e o de mortalidade infantil é de 69 por cada mil recém-nascidos. Ele também frisou que "o sistema produtivo do país está destruído, principalmente no campo".

- São componentes perfeitos para a conflagração social. É por essa razão que a presença da Minustah é necessária - argumentou ele, acrescentando que, "além disso, será preciso reconstruir o país".

O senador observou ainda que "há no Brasil bons batalhões de engenharia que podem ajudar na reconstrução do Haiti, como é o caso do Batalhão de Araguari."

Azeredo também destacou que o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (PSDB-AM), reiterou o apoio da legenda ao aumento do contingente brasileiro.

- Neste momento, governo e oposição estão juntos - declarou Azeredo.



25/01/2010

Agência Senado


Artigos Relacionados


Mozarildo defende maior presença militar na Amazônia

Representantes de movimentos sociais criticam presença militar brasileira no Haiti

JEFFERSON DEFENDE MAIOR PRESENÇA DAS FORÇAS ARMADAS NA FRONTEIRA AMAZÔNICA

Presença brasileira no Haiti é analisada na CRE

Avanços políticos definirão tempo de presença brasileira no Haiti, diz Celso Amorim

Azeredo descreve 'cenas de horror' vistas em viagem da CRE ao Haiti