Azeredo quer trem bala Porto Alegre-Florianópolis
Ele argumenta que todas as praias do litoral norte gaúcho serão atendidas pelo trem rápido, já que os ramais seguiriam de Porto Alegre a Osório, passando entre Alvorada e Gravataí. De Osório iria até Torres e de lá até Florianópolis. Todas as cidades próximas dos pontos de embarque e desembarque seriam integradas ao trem via rodoviária.
A proposta que Paulo Azeredo pretende apresentar prevê a redução do número de veículos nas estadas e a conseqüente diminuição de acidentes, mortes e feridos no trânsito do Rio Grande do Sul. Com a utilização de um transporte que reduz para um terço o tempo gasto numa viagem até Torres, deve cair a muito menos da metade a quantidade de veículos de passeio nas estradas. A iniciativa vai, ainda, reduzir o número de ônibus de passageiros intermunicipal nas ruas de Porto Alegre, com todas as suas conseqüências positivas, inclusive a considerável queda da poluição por monóxido de carbono.
Paulo Azeredo vê, além da redução de tempo das viagens para todas as praias de Cidreira a Torres, muitos outros benefícios. Ele explica que muita gente gostaria de morar em cidades mais tranqüilas, porém precisa trabalhar em Porto Alegre ou na Região Metropolitana. Com a existência de um trem bala, ligando a capital a Torres em 45 minutos de viagem, esta pessoa passaria a morar na praia, poderia alugar ou se desfazer do imóvel que possui em Porto Alegre, como todas as pessoas de classe média que trabalham em Washington e moram em Boston.
Este seria o primeiro passo para a implantação de um trem de alta velocidade entre Buenos Ayres e São Paulo, passando por Montevidéu, ligando as duas maiores capitais da América do Sul, com 18 milhões de habitantes cada uma em suas regiões metropolitanas. Com isso, o Mercosul teria um elo de ligação muito forte para transporte de passageiros e de carga em tempo e custo reduzidos.
Além disso, a iniciativa partindo do Governo do Rio Grande do Sul como um todo – Legislativo e Executivo, com apoio do Judiciário locais – haveria um forte incremento dos setores da construção, matal-mecânico, metalúrgico, ferroviário, de prestação de serviços, imobiliário, de telecomunicações e turístico, entre outros, com a criação de milhares de emprego, nos mais diversos ramos da economia.
Paulo Azeredo está ciente dos altos custos da implantação de um trem de alta velocidade – em torno de oito milhões de reais o quilômetro. Porém, tem a certeza de que para obras de tal magnitude, o governo federal, os bancos de fomento internacionais e o própria setor privada aportariam os recursos necessários em contrapartida a iniciativa do governo do Estado.
Paulo Azeredo também sabe que esta obra não será realizada pelo atual governo, que pode dar inicio aos estudos de viabilidade, topográficos e geológicos enquanto a iniciativa privada se mobiliza para a ativação dos setores a serem envolvidos. Azeredo acredita que em oito anos poderemos estar usufruindo os benefícios de um trem bala como as principais capitais européias.
A proposta de Azeredo lembra a necessidade de um trem de alta velocidade entre Buenos Ayres e São Paulo, passando por Montevidéu, Porto Alegre, Florianópolis e Curitiba, servindo, ainda, a todas as cidades próximas das estações de embarque e desembarque. No entanto, ele deseja que o Governo do Estado assuma, imediatamente, o trecho entre Porto Alegre e Torres.
No dia 13 de dezembro, às 10h, no plenarinho da Assembléia, Paulo Azeredo fará a primeira apresentação pública da idéia com dados técnicos e custo para o empresariado gaúcho, administradores públicos das regiões a serem atingidas, deputados e jornalistas.
12/05/2001
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